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Justiça do RS determina reabertura do caso da morte da mãe de Bernardo

Bernardo morreu em abril de 2014 - Fernando Teixeira/ Futura Press/ Estadão Conteúdo
Bernardo morreu em abril de 2014 Imagem: Fernando Teixeira/ Futura Press/ Estadão Conteúdo

Do UOL, em Porto Alegre

20/05/2015 15h11

A Justiça do Rio Grande do Sul aceitou o pedido do MP (Ministério Público) e determinou a reabertura do inquérito que apura as circunstâncias da morte da mãe do menino Bernardo. Odilaine Uglione teria se suicidado em 10 de fevereiro de 2010, no consultório do então marido e pai de Bernardo, Leandro Boldrini.

Conforme as investigações feitas na época pela polícia da cidade gaúcha de Três Passos, Odilaine deu um tiro na própria cabeça.

A decisão é do juiz Marcos Luís Agostini. A reabertura do caso tem como objetivo checar novas provas produzidas por uma perícia particular encomendada pela família de Odilaine.

Desde o assassinato do menino Bernardo, em abril de 2014, a família de Odilaine deu início a uma investigação paralela, que tem contado com laudos de peritos particulares.

O advogado Marlon Taborda, que representa a mãe de Odilaine, Jussara Uglione, defende que há uma série de inconsistências no trabalho policial.

Segundo as novas perícias, o próprio bilhete de despedida de Odilaine não teria sido escrito por ela, mas por uma secretária de Leandro.

O MP pediu novas diligências policiais, como perícia da carta, uma reprodução simulada dos fatos e oitivas de testemunhas que estavam no consultório no horário do fato. Assim que for notificada, a autoridade policial da cidade deve iniciar as novas investigações.

O caso Bernardo

Bernardo desapareceu no dia 4 de abril de 2014, na cidade de Três Passos, no noroeste gaúcho. Dois dias depois, seu pai registrou ocorrência na polícia sobre o desaparecimento do filho.

O corpo do menino foi encontrado por policiais em 14 de abril, enterrado em um matagal na área rural do município vizinho de Frederico Westphalen. No dia 16, a polícia pediu a prisão temporária de Leandro, da madrasta, Graciele Ugulini, e da amiga do casal Edelvânia Wirganovicz, como suspeitos do crime.

Segundo a promotoria, Leandro foi o mentor do crime, executado por Graciele, com apoio de Edelvânia. Evandro teria cavado o buraco em que o corpo de Bernardo foi jogado. Os três estão presos.

Graciele afirma que a morte do menino foi um acidente após dar um calmante para ele. Leandro nega participação no crime. Já Edelvânia declarou que apenas ajudou a enterrar o corpo.