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Mister Amapá 2015 é preso por matar fisioterapeuta com golpe de jiu-jitsu

O modelo Sergio Luiz Ribeiro da Silva - Divulgação
O modelo Sergio Luiz Ribeiro da Silva Imagem: Divulgação

Carlos Madeiro

Do UOL, em Maceió

01/06/2015 19h16Atualizada em 01/06/2015 21h54

A Polícia Civil do Amapá prendeu em flagrante, na manhã desta segunda-feira (1º), o modelo e Mister Amapá 2015 Sergio Luiz Ribeiro da Silva, 21. De acordo com informações da polícia, ele confessou o assassinato do fisioterapeuta e carnavalesco Francisco das Chagas Pereira, 48. O crime ocorreu no sábado (30) e o corpo da vítima foi encontrado no domingo (31).

Segundo a polícia, o modelo, que também é lutador de jiu-jitsu, matou o fisioterapeuta estrangulado, com um golpe popularmente conhecido como 'mata leão'. Ele alega que tinha usado cocaína.

A defesa de Silva confirmou a confissão em depoimento à polícia. "Ele diz que tiveram uma relação, e na hora dessa relação, por alguma coisa, eles se desentenderam. Ele estava 'chapado', tinha cheirado muito pó, e aí ele acabou enforcando. Ele não é um bandido, é um jovem, digamos, deslumbrado", disse José Ronaldo Serra Pessoa, advogado do jovem.

O modelo representaria o Amapá no Mister Brasil 2015, que acontece no fim deste mês em Florianópolis, mas a organização do evento informou, em nota, que ele foi "desligado pela coordenação por descumprimento de normas."

Segundo o comunicado, para concorrer é necessário "conduta exemplar, sem vícios, e bons antecedentes antes de validar uma inscrição."

O crime

O rapaz contou à polícia que estava sob efeito de drogas no momento do crime. "Ele contou que a vítima o levou para o apartamento dele, que fica na rodovia JK. Lá, na hora que eles estavam se relacionando, ele praticou o crime e depois simulou um roubo. Para isso, fugiu no carro da vítima e levou uma TV e outras coisas da casa dele, que já foram recuperadas", contou o investigador Elton Gonçalves.

O carro do fisioterapeuta foi encontrado na frente de uma escola na manhã de hoje, junto com os objetos tirados da casa.

Como o modelo foi a última pessoa a ser vista junto com a vítima, passou a ser procurado pela polícia. Segundo o investigador, inicialmente Silva negou o crime. "Quando acharam o corpo da vítima, pegaram ele para interrogatório. Para cada policial ele contava uma versão diferente, mas acabou que ele não tinha como negar e acabou confessando", disse Gonçalves.

A polícia ainda investiga a causa do crime. "A gente não sabe se eles mantinham uma relação há muito tempo. Ele não falou a motivação do crime, disse apenas que tinha usado drogas e na hora aconteceu, que não foi planejado", afirmou.

O fisioterapeuta assassinado era figura conhecida no Estado e o crime teve grande repercussão no Amapá. "Ele era bastante conhecido por atuar com pacientes que passavam por cirurgia do coração", disse o investigador de polícia.