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Polícia: Suspeita matou gestante e roubou bebê para esconder falsa gravidez

Agentes da Polícia Civil de Minas Gerais participam de reconstituição do assassinato de uma gestante, cujo corpo foi encontrado sem o bebê, que aconteceu na sexta-feira (26) - Polícia Civil de Minas Gerais/Divulgação
Agentes da Polícia Civil de Minas Gerais participam de reconstituição do assassinato de uma gestante, cujo corpo foi encontrado sem o bebê, que aconteceu na sexta-feira (26) Imagem: Polícia Civil de Minas Gerais/Divulgação

Rayder Bragon

Do UOL, em Belo Horizonte

01/07/2015 22h01

A Polícia Civil de Minas Gerais informou, na noite desta quarta-feira (1º), que a motivação para o assassinato de uma gestante cujo corpo foi encontrado sem o bebê teria sido o acobertamento de uma falsa gravidez da suspeita do crime. O caso ocorreu em Ponte Nova (a 245 km de Belo Horizonte).

Segundo a polícia, a acusada, com receio de perder o marido, teria inventado uma gestação fictícia e, para sustentar a história, tramou a morte de Patrícia Xavier da Silva, 21, para ficar com o bebê da vítima.

Gilmária Silva Patrocínio, 33, assumiu a autoria do crime, conforme as autoridades responsáveis pelo caso, e participou de uma reconstituição na tarde de hoje. A polícia solicitou à Justiça de MG a prisão temporária dela. A polícia afirmou que o crime foi premeditado.

De acordo com a investigação, no dia do crime, sexta-feira passada (26), a acusada do crime, que já conhecia a vítima por ter colocado um piercing nela, atraiu a vítima até o local do crime com a promessa de que algumas pessoas iriam fazer doações de móveis para o quarto do bebê.

Patrícia havia saído de casa neste dia para fazer uma consulta médica em hospital da cidade. Ela teria o primeiro filho após relacionamento de sete anos com um namorado, com quem passou a morar dias antes de ser morta.

Quando chegaram ao local, uma edificação abandonada na zona rural da cidade, ainda de acordo com a polícia, a suspeita golpeou a vítima na cabeça com um pedaço de pau. Quando Patrícia estava desacordada, Gilmária a amordaçou, amarrou seus pés e mãos e cortou a barriga da jovem com uma lâmina de barbear.

Em seguida, retirou o bebê ainda dentro da placenta. A polícia afirma que a acusada ainda golpeou a vítima no pescoço e escondeu o corpo em uma caixa d’água desativada existente na mata. Ela foi encontrada nesta terça-feira (30).

Após o crime, a suspeita foi para casa levando o recém-nascido, que foi enrolado em alguns panos, e acionou o Corpo de Bombeiros, alegando que teria tido o bebê em casa. Ela foi encaminhada a um hospital da cidade, onde recebeu atendimento médico.

O marido de Gilmária foi interrogado pela polícia e liberado. A princípio, ele não teria participado do crime.

Um homem que mora nas imediações do local do crime foi preso por suspeita de participação no crime. Ele não teve o nome divulgado.

Polícia usará DNA para determinar se a criança é filha da vítima

O bebê foi localizado na manhã de hoje com a acusada. Segundo o delegado Silvério Rocha, responsável pelas investigações, um exame de DNA será feito para checar se a criança é filha da vítima. O resultado deverá sair em 30 dias.

A polícia informou que a criança passa bem, mas não relevou onde ela está, mas salientou que a Justiça do Estado foi informada sobre o local. As investigações ainda vão continuar para apurar se a mulher agiu sozinha ou se teve a ajuda de mais pessoas.