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Madrasta é presa no ES por suspeita de matar criança de 3 anos

Do UOL, no Rio

06/07/2015 16h23

Juliana Vicente Pereira, 25, foi detida pela Polícia Civil do Espírito Santo nesta segunda-feira (6) sob suspeita de ter provocado a morte do enteado, Samuel Macedo Neves, 3, cujo corpo foi encontrado no último sábado (4) com diversas escoriações no tórax e na cabeça, além de lesões nas pernas.

O caso ocorreu na cidade de Cachoeiro do Itapemirim, localizada a cerca de 135 km de Vitória. Segundo a Polícia Civil, Juliana assumiu a autoria do crime em depoimento ao delegado responsável pelo caso, Guilherme Eugênio. "Ela confessou ter provocado a lesão com o intuito de conter a criança que estava muito agitada", informou a polícia, em nota. Contra ela havia um mandado de prisão expedido pela Justiça capixaba.

O delegado explicou que a suspeita teria abraçado a criança por trás, comprimindo o tórax da vítima até perceber que ela havia parado de respirar. Nesse momento, Juliana entrou em contato com o pai, que a orientou a passar álcool no corpo do menino e a fazer respiração boca a boca. Ela ainda teria tentado reanimar a criança, mas não obteve êxito, segundo Eugênio. O laudo do Departamento Médico-Legal informa que Samuel morreu por asfixia mecânica.

"Depois destas tentativas, ela ligou para o Corpo de Bombeiros. Porém, enquanto os bombeiros não chegavam, ela não saiu de casa em busca de socorro", completou o delegado. A Polícia Civil não informou se Juliana já possui advogado. Ela foi encaminhada para a Unidade Prisional Provisória de Cachoeiro e responderá pelo crime de homicídio.

Caso Bernardo

O caso de Samuel é semelhante ao de Bernardo Boldrini, que desapareceu na cidade de Três Passos, no noroeste do Rio Grande do Sul, no dia 4 de abril de 2014. Dois dias depois, seu pai registrou ocorrência sobre o desaparecimento. O corpo do menino foi encontrado por policiais em 14 de abril, enterrado em um matagal na área rural do município vizinho de Frederico Westphalen. No dia 16, a polícia pediu a prisão temporária de Leandro, da madrasta, Graciele Ugulini, e da amiga do casal Edelvânia Wirganovicz, como suspeitos do crime.

Segundo a promotoria, Leandro foi o mentor do crime, executado por Graciele, com apoio de Edelvânia. Evandro teria cavado o buraco em que o corpo de Bernardo foi jogado. Os três estão presos. Graciele afirma que a morte do menino foi um acidente após dar um calmante para ele. Leandro nega participação no crime. Já Edelvânia declarou que apenas ajudou a enterrar o corpo.