Dois funcionários de terminal da Transpetro no ES caem no mar e morrem
Dois funcionários da empresa Espiral Engenharia, que presta serviços para a Transpetro --subsidiária da Petrobras-- morreram nesta terça-feira (7) em um acidente no TABR (Terminal Aquaviário de Barra do Riacho), situado em Aracruz, no Espírito Santo, a 83 km de Vitória.
De acordo com a Transpetro, Alex Vieira Ribeiro, 39, e Oseias Damasceno Soares, 27, realizavam a montagem de um andaime no píer do terminal quando a estrutura caiu no mar. Eles foram resgatados sem vida.
Segundo o Sindipetro-ES (Sindicato dos Petroleiros do Espirito Santo), o acidente foi causado pela negligência e falta de segurança no local.
"O concreto cedeu e o andaime, que não estava ancorado, foi para dentro da água, levando junto os trabalhadores, que estavam presos à estrutura pelo cinto de segurança", informou o sindicato, em nota. "A Permissão de Trabalho [documento por escrito que autoriza o início do serviço] havia recomendado que os funcionários ficassem apenas de colete, sem se amarrar pelo cinto no andaime", completou.
A Transpetro informou que uma comissão interna foi instaurada e já está investigando as causas do acidente, e que está prestando toda a assistência necessária à empresa terceirizada.
O sindicato denunciou ainda que os corpos dos funcionários foram resgatados pelos próprios colegas de trabalho, "pois uma hora após o acidente, ainda não havia chegado qualquer tipo de socorro". "Infelizmente essa foi uma tragédia anunciada, por falha de gestão, pois o TABR não tem nenhuma estrutura de resgate. Não foi pensada uma estrutura para trabalhar sobre o mar e não há nenhum resgatista perto. Se não fosse um funcionário da Transpetro, os trabalhadores estariam no mar até agora", declarou o Sindipetro.
Em resposta ao ocorrido, o sindicato agendou para a manhã desta quarta-feira (8) uma paralisação no terminal. "O Sindipetro-ES vem cobrando da Transpetro, há mais de um ano, uma ambulância no local. Não podemos permitir que mais trabalhadores se submetam a serviços que não tenham passado por uma análise de risco e exigimos que haja o mínimo de estrutura de segurança e socorro no local".
De acordo com a Petrobras, o terminal recebe GLP (gás de cozinha) e a C5+ (gasolina natural) da UTGC (Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas), através de dois dutos de aproximadamente 77 km. "O C5+ é escoado por navio e o GLP pode ser escoado tanto por navio, quanto por carregamento rodoviário", explica a estatal, no site oficial.
Até o momento, nenhum responsável pela Espiral Engenharia foi encontrado.
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