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PM do RJ escala coronel preso por morte de juíza para presidir sindicância

O tenente-coronel da Polícia Militar Cláudio Luiz Silva de Oliveira foi condenado a 36 anos de prisão - Severino Silva/ Agência O Dia/ Estadão Conteúdo
O tenente-coronel da Polícia Militar Cláudio Luiz Silva de Oliveira foi condenado a 36 anos de prisão Imagem: Severino Silva/ Agência O Dia/ Estadão Conteúdo

Do UOL, no Rio

12/08/2015 13h05

O tenente-coronel Cláudio Luiz Silva de Oliveira, preso e condenado a 36 anos de reclusão pela morte da juíza Patrícia Acioli, em 2011, foi nomeado pela Polícia Militar do Rio de Janeiro para presidir uma sindicância interna, segundo publicação no boletim reservado da corporação.

A informação foi revelada na terça-feira (11) em reportagem do jornal "Extra". Procurada pelo UOL, a assessoria da PM informou que "houve um erro interno na nomeação, mas o mesmo já foi retificado".

Ainda que a nomeação do tenente-coronel não fosse um equívoco, de acordo com a versão da PM, Oliveira não poderia estar à frente da sindicância, pois cumpre pena na penitenciária federal de Porto Velho (RO). A defesa do policial não foi localizada para comentar o assunto.

À época do crime, Oliveira era comandante do 7º Batalhão da PM, em São Gonçalo, município vizinho de Niterói, onde a juíza Patrícia trabalhava.

Acusado de ter sido o mandante do assassinato, ele foi considerado culpado por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, mediante emboscada e com o objetivo de assegurar a impunidade da série de crimes) e por formação de quadrilha armada. No julgamento, o réu negou ter cometido os crimes.

Patrícia era titular da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo quando foi morta, em 11 de agosto de 2011, com 21 tiros, em frente ao condomínio onde morava, em Niterói. A magistrada atuava em diversos processos em que os réus, policiais militares, estavam envolvidos em supostos autos de resistência, como são registrados os casos em que há troca de tiros e policiais matam seus oponentes.