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Aposentada coleciona 5.000 imagens de anjos: "Eles sempre me acompanham"

Jéssica Nascimento

Do UOL, em Brasília

28/08/2015 06h00Atualizada em 28/08/2015 12h54

São anjos de todas as formas, cores e materiais. Alguns vieram de longe, e até de outros continentes. Cada uma das cerca de 5.000 peças colecionadas pela aposentada Rita Martins da Cunha, 78, conta uma história diferente. Em sua casa no Lago Sul, em Brasília, a aposentada recebe parentes e amigos no chamado "canto celestial."

Rita começou a coleção em 1990 quando ainda morava em Juiz de Fora (MG), após ganhar três imagens de anjos vestidos com túnicas azuis de uma amiga. Agora, a numerosa coleção ocupa grande parte da sala. As imagens são separadas por cores. Há anjos feitos com vidro, folha de bananeira, macarrão, bucha vegetal e até palito de dente.

“Eles fazem parte da minha vida. Não deixo ninguém limpar, pois é um trabalho muito árduo e que precisa ser feito com bastante cuidado. Eu mesma arrumo tudo, passo um paninho com álcool”, explica a aposentada.

Na coleção, há peças de diferentes de quatro continentes: América do Sul, Europa, Ásia e África. “Ela não ganha mais roupas nem sapatos. Todos os familiares e amigos a presenteiam com anjos e ela adora”, conta o marido Sebastião Cunha, 80.  

Segundo a aposentada, quase não há anjos iguais e, quando algum quebra, ela tenta consertar. “Mesmo que não fique perfeito, não jogo fora. Tem muito sentimento envolvido, pois muitos são presentes de amigos e filhos”. A aposentada não sabe dizer o quanto já gastou com a extensa coleção. Segundo ela, o que importa é o valor sentimental de cada um.

Homenagens

O anjo preferido da colecionadora é o ‘Maurício’ que tem pouco mais de 50 cm. A peça foi adquirida na Itália, em uma viagem feita com um amigo da família. “Quis homenageá-lo. Ele é como se fosse um quinto filho. Sempre que posso, levo o anjo junto comigo para me abençoar”, explica Rita. 

Outra imagem que está entre as preferidas da aposentada é a de um cachorro com asas que lembra o pet que está enterrado na casa. Outro é um anjo com túnica azul chamado de “Clara”, homenagem para a irmã de Rita que morreu duas horas após ela comprar o objeto. “Sempre acreditei em anjo da guarda. Nunca tive medo de ficar sozinha, pois sei que eles sempre me acompanham. Anjos são mensageiros de Jesus, enviados de Deus”, conta Rita.

Familiares e amigos de Rita sempre vão até o local para refletir sobre a vida e fazer orações. “Dizem que a nossa casa tem uma energia e aura muito boa, que lembra até o paraíso. Não duvido. Rita é um verdadeiro anjo”, brinca o marido.