Parada da diversidade de Bauru reúne 60 mil participantes, segundo a PM
Nem mesmo o calor de 34 ºC assustou os cerca de 60 mil participantes (segundo a Polícia Militar) da 8ª edição da Parada da Diversidade de Bauru (SP), neste domingo (30). A Parada Gay da cidade é considerada a maior do interior de São Paulo.
“Não somos todos iguais, somos negros, homossexuais, obesos, somos diferentes, mas é necessário que nos respeitemos, que a gente aceite a diferença em cada um”, afirmou o presidente da ABD, associação que organizou a Parada, Rick Ferreira.
Com dois trios elétricos comandados por DJ’s a Parada seguiu pela avenida Nações Unidas até o Parque Vitória Regia, cartão postal da cidade, onde foi montado um palco para apresentação da cantora Wanessa. O trajeto da concentração até o local do show foi feito em pouco mais de 2 horas. A parada começou atrasada, por volta das 16h.
A família da vendedora Natália Etiene foi toda para a rua para acompanhar a passagem da parada. Ela e o marido, André Benício, se mudaram com os quatro filhos do Rio de Janeiro para Bauru há um ano por conta do trabalho. É a primeira vez que eles participam de evento deste tipo. “É bem legal, bem pacífico. Estamos gostando”, disse ela.
A Parada da Diversidade defendeu entre outras demandas, que os travestis e transexuais possam ter o direito de optar por serem tratados pelo “nome social” em órgãos públicos municipais. Em junho deste ano, um jovem transexual denunciou à polícia que foi discriminado no atendimento de funcionários públicos, na cidade.
Na ocasião o rapaz narrou que ao solicitar um documento em uma unidade de saúde da cidade, pediu para ser chamado pelo nome social e não pelo nome que consta no RG, mas de acordo com ele, a atendente disse que “não se coloca nome social em prontuário”. Uma lei aprovada em 2014 no município garante a inclusão e uso do nome social a transexuais e travestis nos registros municipais relativos a serviços públicos prestados no âmbito do município.
Apesar de a cidade ser o palco da maior parada da diversidade realizada fora da Capital, Bauru tem colecionado nos últimos anos diversos casos intolerância sexual. Há cerca de um mês, um jovem gay gravou um vídeo denunciando ter sido agredido por seguranças de rede de supermercados de Bauru. Ele publicou o vídeo em suas redes sociais e o caso foi publicado pelo UOL.
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