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Professora chuta cão em escola de SP e é alvo de críticas nas redes sociais

Eduardo Schiavoni

Do UOL, em Ribeirão Preto (SP)

01/09/2015 14h59

Uma professora de uma escola municipal em Catiguá (399 km de São Paulo) chutou um cachorro que atrapalhava uma coreografia dos alunos durante uma festa realizada na sexta-feira (28).

As imagens foram gravadas e divulgadas nas redes sociais e geraram protestos de entidades que trabalham com animais e de moradores da cidade.

A professora não comentou o caso e a escola informou que a ação tratou-se de "uma infelicidade" e que não haverá punição à profissional. O animal passa bem.

O episódio ocorreu durante a Festa do Folclore na escola municipal Serafim Sanches. Nas imagens, o animal começa a correr ao redor de uma dupla de alunos que integravam a coreografia, atrapalhando os movimentos, e chega a investir contra duas crianças, que estão dançando.

Uma funcionária da escola tenta chamar o animal, que permanece no local.

Quando ele se afasta dos dançarinos, a professora de educação física Mara Fidalgo Frederice aparece e acerta um chute nele, que sai do vídeo. É possível perceber, no áudio da filmagem, a reação indignada de alguns presentes.

Procurada, a diretora da escola, Silvana de Oliveira, afirmou que o caso se tratou de uma "infelicidade".

"O menino que estava dançando estava apavorado, e vários funcionários já tinham tentado tirar o cachorro de lá sem sucesso. A professora agiu para tentar preservar a criança, espantando o animal, mas acabou acertando", disse.

Ainda de acordo com o relato de Silvana, a profissional relatou não ter tido a intenção de agredir o animal e enviou, no sábado, um veterinário para atender o cachorro.

"Descobrimos que ele tinha dono e um veterinário foi examiná-lo no dia seguinte. Ele estava bem, não teve nenhuma consequência", disse.

Repercussão

Segundo a entidade Marcha da Defesa Animal, a atitude da professora é inadmissível. "Uma criança vê uma professora chutar seu cachorrinho de estimação é o fim. Não se pode chutar um animal inocente em público", disse a entidade, em nota onde compartilhou as imagens.

Já Helena Santos Silva, 35, que estava na festa e viu a agressão, afirmou que considerou a ação errada.

"O menino estava com medo mesmo, mas não precisava chutar o cachorro. Ele poderia ter sido retirado sem agressão", ponderou.

A reportagem tentou contato com a professora responsável pela agressão, mas ela não respondeu as mensagens enviadas até o fechamento da matéria.