Retroescavadeira tomba durante remoção de escombros de explosão no Rio
Uma retroescavadeira tombou nesta quarta-feira (21) no local da explosão que destruiu imóveis e feriu sete pessoas em São Cristóvão, na zona norte do Rio de Janeiro, há dois dias. A máquina, utilizada para remoção dos escombros, foi atingida após parte do terreno ceder. Segundo o Corpo de Bombeiros, nenhum funcionário se machucou. O trabalho, quer chegou a ser paralisado por conta do incidente, já foi retomado e deve durar até o fim do dia.
Desde segunda, garis da Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana) retiraram quase 1.500 toneladas de escombros e resíduos que restaram da explosão. O material, transportado em 1.304 viagens de caminhão, está sendo depositado em uma estação no bairro do Caju, na zona portuária, mas será levado pela prefeitura para a Central de Tratamento de Resíduos de Seropédica, município da região metropolitana do Estado. Parte dele deve ser reciclado.
Dos imóveis atingidos, 54 foram impactados direta ou indiretamente, e 13 deles ficaram totalmente destruídos. Na terça, dezenas de pessoas acompanhavam de perto o trabalho de remoção dos escombros, na esperança de recuperar pelo menos alguns objetos pessoais, principalmente roupas e documentos.
Em frente ao local, nesta quarta, a copeira Ana Maria Dias observava com atenção cada item que era trazido pelos bombeiros em meio às pilhas de concreto e cimento. Aflita, ela ainda lembrava os momentos de pânico que enfrentou, junto com o marido, no momento da explosão, e contava que as duas últimas noites foram de sono agitado, causado pelo trauma.
"Tudo caiu em cima da gente. Faltou oxigênio e eu pensei que fosse morrer. Não tenho dormido bem. Acho que vai cair algo em cima de mim o tempo todo. Acordei várias vezes em agonia, pensando que estava caindo o teto", lembrou Ana Maria, que já conseguiu recuperar a medicação do marido, documentos e algumas roupas. O seu imóvel ficou demolido e ela precisou ir para a casa de uma prima na zona norte.
As causas ainda estão sendo investigadas pela Polícia Civil e uma perícia complementar será feita após a retirada do restante dos escombros. Os resultados podem levar de 15 a 20 dias, mas as suspeitas são de que o acidente tenha sido causado por botijões de gás em um dos dois estabelecimentos vizinhos.
A explosão destruiu três lojas e 14 quitinetes nos fundos de uma delas, provocando a interdição de um total de 54 imóveis na região. Segundo a Defesa Civil, os imóveis permanecem interditados. (Com Agência Brasil)
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