Topo

Cidade paulista proíbe chapeiro de criar porco de estimação

O porco Rabicó, de nove meses, criado como animal de estimação por um chapeiro em São Manuel (SP) - Arquivo pessoal
O porco Rabicó, de nove meses, criado como animal de estimação por um chapeiro em São Manuel (SP) Imagem: Arquivo pessoal

Eduardo Schiavoni

Colaboração para o UOL, de Ribeirão Preto (SP)

28/10/2015 17h17

Com pouco menos de 50 quilos e meio metro, um porco de estimação tem causado a discórdia entre a Prefeitura de São Manuel (268 km de São Paulo) e os donos do animal. Após denúncias de vizinhos, a Vigilância Sanitária foi até a casa da família e determinou que o animal seja retirado do local até a próxima quarta-feira. A família contesta a ação e alega que o bicho não oferece nenhum perigo e estuda até ir à Justiça para permanecer com o porco.

A Vigilância Sanitária foi obrigada a agir por conta de uma lei municipal, que entrou em vigor em setembro de 2009, que proíbe a criação de uma série de animais, entre eles suínos, em loteamentos urbanos. Como houve três denúncias de vizinhos dando conta de problemas como mau cheiro e barulho, eles determinaram a retirada.

O animal, que ganhou o nome de Rabicó, tem nove meses e foi comprado pelo chapeiro José Ricardo Tineu como presente para a filha, de sete meses, pouco depois que ela nasceu. Segundo ele, o porco é domesticado, não causa problemas e recebeu todos os cuidados veterinários.

“Quando vieram em casa até chorei. Não quero me desfazer do porco. Ele é nosso animal de estimação, não causa mal a ninguém”, disse o chapeiro. “Ele é criado como se fosse um cachorrinho de estimação." O chapeiro afirma ter um documento, dado pela Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Botucatu, atestando que o animal é saudável. "Ele está vermifugado, toma todas as vacinas. Vou levar isso na prefeitura e ver se eles deixam o Rabicó ficar. Se não deixarem, procuro a Justiça."

Segundo a Vigilância Sanitária do município, o local é inadequado para o porco. “Nosso pessoal foi até o local e constatou que o porco reside na casa, faz sujeira, tanto urina quanto fezes, tem um número excessivo de mosquitos e o espaço não é apropriado para criação do animal”, disse por meio de nota a assessoria de imprensa da prefeitura. A administração afirma ainda que nenhuma documentação que confirme a versão do dono foi apresentada à Vigilância Sanitária.