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Operação do MP e Justiça encontra regalias em presídio para PMs no RJ

Operação resultou na apreensão de 15 celulares, sete facas, 21 DVDs piratas, uma churrasqueira elétrica e duas tendas, além de R$ 5.000 em espécie - Divulgação/MP-RJ
Operação resultou na apreensão de 15 celulares, sete facas, 21 DVDs piratas, uma churrasqueira elétrica e duas tendas, além de R$ 5.000 em espécie Imagem: Divulgação/MP-RJ

Do UOL, no Rio

10/11/2015 09h40Atualizada em 10/11/2015 17h43

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e a VEP (Vara de Execuções Penais), órgão do Tribunal de Justiça fluminense, coordenaram nesta terça-feira (10) uma operação na Unidade Prisional da Polícia Militar, em Niterói, na região metropolitana do Estado. No local, estão os policiais transferidos após a agressão a juíza Daniela Barbosa Assumpção de Souza durante vistoria no BEP (Batalhão Especial Prisional) --a penitenciária, conhecida como "batalhão das festinhas", foi fechada depois da confusão, em 1º de outubro.

Segundo o MP-RJ, foram apreendidos 15 celulares, sete facas, 21 DVDs piratas, uma churrasqueira elétrica e duas tendas, além de R$ 5.000 em espécie. No total, participaram da operação 140 pessoas, entre agentes de inteligência, policiais e promotores. Eles fazem "revista pessoal em cada um dos internos", assim como vistoriam "todas as dependências do presídio", de acordo com o Ministério Público.

O BEP, onde ocorreu a agressão a juíza, no mês passado, tornou-se famoso nos últimos anos por conta de sucessivos escândalos e denúncias. Na última vistoria, fiscais encontraram uma cela que mais parecia um quarto de hotel, com teto rebaixado de madeira e iluminação direcionada. A parede havia sido pintada com texturas diferentes.

No mesmo cômodo, os detentos usufruíam de TV a cabo e frigobar. Além disso, foram encontradas em diferentes pontos da unidade carnes para churrasco e garrafas de refrigerante de dois litros. Em algumas celas, havia cama de casal, computadores, videogame e fornos micro-ondas.

A juíza agredida no começo de outubro realizava uma inspeção das condições do BEP quando, segundo informações do TJ-RJ, detentos impediram que ela fizesse a revista em uma das galerias e chegaram a atacá-la. A magistrada teve a blusa rasgada e foi obrigada a deixar o local, retornando posteriormente com a segurança do tribunal e policiais do Bope (Batalhão de Operações Especiais).