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Cemig precisará limpar três hidrelétricas após acidente da Samarco

Onda de lama percorre cidades de Minas Gerais - UOL
Onda de lama percorre cidades de Minas Gerais Imagem: UOL

Do UOL, em São Paulo

12/11/2015 19h43

A Cemig precisará limpar nos reservatórios de três de suas hidrelétricas no rio Doce, após eles receberem um fluxo de rejeitos de mineração vindo da região de Mariana (MG), onde duas barragens da mineradora Samarco se romperam na última semana, informou a assessoria de imprensa da elétrica nesta quinta-feira (5).

A usina de Candonga, que precisou parar após o acidente, ainda não tem previsão de retorno. Há uma árvore de grande porte, arrastada pela lama, que ainda obstrui uma das comportas da usina e deve ser retirada nos próximos dias.

Conforme a empresa, os técnicos da Cemig foram chamados para reforçar a operação da usina, pois a situação ficou bastante complexa devido ao grande volume e velocidade da lama. "A Cemig ajudou na busca de uma solução para o problema, muito difícil de ser controlado", afirmou o gerente de Planejamento Energético, Marcelo de Deus Melo, em nota enviado à Reuters.

Uma draga especial para limpeza de reservatórios emprestada da Usina Mascarenhas, da Escelsa, localizada no Espírito Santo, está na Usina Candonga para ajudar na recuperação do reservatório. O equipamento permite uma limpeza mais profunda, pois tem a característica de triturar sedimentos maiores.

Baguari

A Cemig informou que os rejeitos chegaram, na manhã da última segunda-feira (09), à Usina Hidrelétrica Baguari, operada pelo Consórcio UHE Baguari, do qual a Cemig participa, e que seguiu todas as medidas definidas pela Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e pela Agência Nacional de Águas (ANA).

Nesta quarta-feira (11), a prefeitura de Baixo Guandu (ES) solicitou a Aliança Energia, responsável também pela Usina Hidrelétrica Aimorés, na divisa de Minas Gerais com o Espírito Santo, a retirada de água limpa para abastecimento de hospitais e escolas da região, utilizando o que ficou armazenado nas turbinas, enquanto os detritos liberados pelo rompimento de duas barragens em Mariana ainda não chegassem à usina.

Com informações da agência "Reuters" e jornal "O Estado de São Paulo".