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Chapada Diamantina tem cinco focos de incêndio e contabiliza danos à mata

Carlos Madeiro

Colaboração para o UOL, em Maceió

16/11/2015 20h10

Cinco focos de incêndio atingem, nesta segunda-feira (16), o Parque Nacional da Chapada Diamantina, no sul da Bahia. Os incêndios tiveram início há 15 dias, com o foco mais antigo, no Vale do Lacrau, no município de Ibicoara.

Seis aeronaves dos governos federal e do Estado atuam no combate ao fogo, com quatro aviões e dois helicópteros. Cada aeronave tem capacidade de fazer até 16 lançamentos de 1.800 litros de água por dia. O Exército também ajuda com três carros-pipas e quatro jipes para o transporte de equipamento e pessoal. 

Além do Vale do Lacrau, outros quatro locais registram fogo: o Morro Pai Inácio (na divisa entre Lençóis e Palmeiras), Morro Branco (Vale do Capão, em Palmeiras), Guiné e Três Barras (Mucugê). O mais recente dos focos é o do povoado de Guiné, onde o fogo começou na noite desse domingo (15). 

Outros focos que foram registrados ao longo da última semana já foram apagados, mas deixaram um rastro de destruição. Como ainda há focos ativos, todas as equipes estão concentradas no combate ao fogo e ainda não foi determinada a área total atingida pelas chamas. O fogo começou às margens da BR-242. 

Como o tempo está nublado e com maior umidade hoje, os brigadistas dizem que há mais facilidade em combater as chamas. Segundo o parque, são esperadas chuvas ainda este mês em toda a região.

No sábado (14), o secretário do Meio Ambiente da Bahia, Eugênio Spengler, e o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, Francisco Telles, sobrevoaram a área atingida e definiram medidas a serem tomadas no combate aos focos.

Brigadistas

O combate aos incêndios é feito por 42 brigadistas contratados pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade). 

Além deles, também atuam no local o Corpo de Bombeiros, o Prevfogo (Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do Instituto Nacional do Meio Ambiente e Recursos Renováveis – Ibama) e sete brigadistas do Parque Nacional do Pau Brasil, em Porto Seguro. Há ainda brigadas voluntárias dos municípios de Lençóis, Palmeiras, Mucugê, Piatã, Ibicoara, Barra da Estiva e Andaraí. 

Um dos problemas enfrentados é a falta de equipamentos. “Neste momento o que temos pedido às pessoas é que no ajudem de outras formas, como doando lanternas de cabeça para o ICMBio ou dando apoio logístico e material para as brigadas que nos auxiliam”, informou o chefe interino do parque, Cezar Gonçalves.