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Com 17 cidades em emergência, região Sul terá chuva forte até o fim do ano

Do UOL, em São Paulo

29/12/2015 21h24

Com 17 cidades em estado de emergência no Rio Grande do Sul, a região Sul do Brasil sofrerá com chuvas fortes até o final do ano, alerta o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).

O temporal atingiu nesta terça-feira (29) quatro cidades de Santa Catarina que registraram pontos de alagamentos, de acordo a Defesa Civil do Estado: Balneário de Camboriú, Camboriú, Itajaí e Itapema.

O alerta do Inmet para o risco de chuvas intensas nesta quarta-feira (30) engloba 688 cidades do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. De acordo com o órgão nacional, a população deve ficar atenta ao risco de corte de energia elétrica e queima de eletrônicos, risco de queda de galhos de árvores, alagamentos e incidência de descargas elétricas. As chuvas devem continuar nos próximos dias, segundo previsão do Inmet.

A situação mais grave continua sendo no Rio Grande do Sul, que sofre com as chuvas intensas há pelo menos duas semanas. Das 17 cidades que decretaram estado de emergência, 14 sofreram com inundações ou enxurradas: Uruguaiana, São Borja, Ibirubá, Quinze de Novembro, Cândido Godói, Gramado dos Loureiros, Guarani das Missões, Liberato Salzano, Não-Me-Toque, Nonoai, Quaraí, Barra do Quaraí, Roque Gonzales, Santo Ângelo.

Outras três cidades registraram grandes danos provocados pelas chuvas intensas: São Miguel das Missões, Três Palmeiras e Trindade do Sul. As prefeituras aguardam análise da Defesa Civil gaúcha para receberem ajuda dos governos estadual e federal.

Mais de 2 mil famílias atingidas

O número de total de cidades gaúchas sofreram algum tipo de dano por conta das chuvas se mantém em 43. De um total 2.329 famílias prejudicadas, 164 foram acolhidas em abrigos públicos e outras 1.564 estão em casas de amigos de parentes.

Especialistas em meteorologia apontam o fenômeno climático El Niño, que provoca flutuações no clima devido ao aumento da temperatura das águas do Oceano Pacífico, como o responsável pelo excesso de chuvas que afetaram, com ainda mais gravidade, os países vizinhos Paraguai, Uruguai e Argentina, onde pelo menos oito pessoas morreram e mais de 150 mil pessoas deixaram suas casas.