Em Vila Velha (ES), pedras serão amarradas para evitar novos deslizamentos
Para evitar que ocorra o deslizamento de outras pedras, a Prefeitura de Vila Velha (ES) anunciou na manhã desta nesta terça-feira (5) que será feito um trabalho de "amarração" das duas partes do bloco maior de onde se desprendeu a rocha gigante na última sexta-feira (1º). A pedra atingiu quatro casas e deixou 15 pessoas feridas e mais de mil desalojadas.
O trabalho de estabilização da pedra, localizada na parte de cima do morro da Boa Vista, deve começar nos próximos dias, segundo o prefeito Rodney Miranda (DEM). "Vamos fazer a amarração com cabos de aço de uma [parte da] pedra para a outra até dar estabilidade. Vamos também colocar estacas naquela que sobrou do bloco que caiu", detalhou o prefeito em entrevista a jornalistas.
O prefeito não informou quando será concluída a ação nem quanto vai custar aos cofres públicos, mas disse que deverá contar com ajuda financeira do governo do Estado. Segundo ele, não se sabe até o momento o que será feito com a rocha que deslizou, que pode ser estabilizada no local onde parou ou destruída.
Miranda afirmou ainda que não há previsão para que a área seja liberada e os moradores possam voltar para suas casas. "Só vamos liberar o retorno delas quando houver segurança para elas. Vamos trabalhar intensivamente para devolver tranquilidade para a comunidade da Boa Vista", disse.
Causa do deslizamento
Após análise feita por técnicos e geólogos, a Defesa Civil Estadual divulgou hoje que a possível causa da queda da pedra foi o seu desgaste natural.
"Nós verificamos que houve um processo de meteorização das rochas. Tudo indica que, diante dos fatos, o que deflagrou o desprendimento daquele bloco foi o desgaste da rocha ao longo do tempo com a penetração de água da chuva e de material trazido pelos ventos nas fendas das pedras", explicou Roney Gomes Nascimento, engenheiro civil da Defesa Civil.
Segundo ele, outros fenômenos naturais devem ter contribuído, como a variação de temperatura e o aquecimento das rochas. Nascimento informou ainda que podem acontecer novos deslizamentos. "O tipo de solo [no local] é arenoso, muito frágil. Isso pode contribuir para novos escorregamentos", falou.
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