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Crise na saúde do Estado do RJ provoca superlotação em hospital municipal

Hanrrikson de Andrade e Taís Vilela

Do UOL, no Rio

07/01/2016 06h00

A grave crise na saúde pública do Estado do Rio de Janeiro também afeta unidades municipais, como o Hospital Geral de Nova Iguaçu, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Na quarta-feira (6), o UOL esteve no local e ouviu relatos caóticos. A irmã de um paciente, por exemplo, afirmou à reportagem que, devido ao acúmulo de pessoas e à falta de higiene, um corredor do hospital "cheira a IML", em referência ao Instituto Médico-Legal.

Outras pessoas reclamaram que, sem qualquer verificação, foram encaminhadas a UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e postos de saúde porque não se tratavam de "casos graves", com risco de morte. Por meio de sua assessoria, o hospital negou que esteja rejeitando pacientes. A instituição informou, no entanto, que "a superlotação é uma realidade" e está diretamente relacionada com a crise na saúde pública fluminense, motivada pelo atraso no pagamento de salários e pela falta de materiais e condições adequadas de atendimento.

Por ser a maior emergência da Baixada, o HGNI, conhecido como hospital da Posse, acaba sendo uma opção viável para quem não consegue atendimento em outras unidades. "Apesar de ser uma unidade municipal, cerca de 50% dos pacientes são de municípios vizinhos, como Belford Roxo, Mesquita, São João de Meriti, Queimados e outros que não possuem hospitais ou tiveram suas emergências hospitalares fechadas nos últimos anos", informou a assessoria da unidade, em nota.