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Após lama, fundação dará R$ 6,7 mi para projetos de recuperação do rio Doce

Lama avança pelo rio Doce, destruindo ecossistemas - Instituto Últimos Refúgios
Lama avança pelo rio Doce, destruindo ecossistemas Imagem: Instituto Últimos Refúgios

Rayder Bragon

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte

08/01/2016 14h25

Um edital lançado nesta quinta-feira (7) vai destinar R$ 6,7 milhões para projetos que visem a recuperação da bacia do rio Doce, atingida pela lama que escoou da barragem de Fundão, pertencente à Samarco, no dia 5 de novembro do ano passado. A empresa é controlada pelas mineradoras Vale e BHP Billiton.

Conforme nota da Fapemig (Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais), os projetos deverão ser direcionados para a recuperação do solo, da água e da biodiversidade da bacia do rio. As inscrições podem ser feitas até o dia 7 de março deste ano e os projetos aprovados serão contemplados com os recursos.

Sob o título “Tecnologias para Recuperação da Bacia do Rio Doce”, a chamada é uma parceria entre as fundações de amparo à pesquisa dos Estados de Minas Gerais (Fapemig) e do Espírito Santo (Fapes), além da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do governo federal. 

“Estamos em busca de tecnologias que ajudem na recuperação do meio ambiente e que também levem em consideração as populações afetadas’, disse por meio da assessoria o presidente da Fapemig, Evaldo Ferreira Vilela. Os resultados serão acompanhados semestralmente.

Segundo o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis), a onda de rejeitos que vazaram da barragem, de aproximadamente 50 milhões de metros cúbicos, atingiu 663 quilômetros do rio doce e seus afluentes e ainda resultou na destruição de 1.469 hectares de vegetação, incluindo áreas de preservação permanente.