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Lama da Samarco no mar se estende por área de 27 km²

Rayder Bragon

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte

14/01/2016 14h05

A lama que vazou da barragem de Fundão no dia 5 de novembro do ano passado, em Mariana (MG), atinge uma área de 27 quilômetros quadrados no litoral do Espírito Santo, onde fica a foz do rio Doce, cuja calha recebeu o rejeito de minério de ferro da barragem da mineradora Samarco. A área é equivalente a quase duas vezes o tamanho da cidade de São Caetano do Sul, na Grande São Paulo

A informação foi dada pela Seama (Secretaria de Estado do Meio ambiente e Recursos Hídricos) do Espírito Santo. Conforme o órgão, a medição, é feita por meio de sobrevoo da área afetada e leva em conta as manchas formadas pela lama em alta e média concentrações. O rio Doce deságua no mar no distrito de Regência, no litoral capixaba, e que prtenc à cidade de Linhares.

O último dado disponível no site da secretaria é sobre medição feita no dia 12 de janeiro. Os técnicos disseram que a lama atinge as extensões de 3,6 quilômetros ao norte, 8,7 quilômetros ao sul e 7,7 ao leste.

A alta concentração da lama no mar é caracterizada por uma coloração viva e homogênea, semelhante à encontrada no leito do rio Doce, e com limites bem definidos.

Já a média concentração do rejeito de minério de ferro é descrita como sendo de uma coloração um pouco menos intensa, mas que mantém os limites bem definidos.

O grupo que monitora a movimentação da lama no mar e suas consequências, além de buscar soluções para o problema, é formado pela secretaria, pelo Iema (Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos), além de empresas privadas e prefeituras locais. Fazem parte ainda o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) e o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio ambiente e Recursos Naturais Renováveis).

O site www.governancapeloriodoce.com.br foi criado para dar informações à população sobre a condição de uso das praias nesses locais, além dos dados sobre a mancha de lama.