MPL trava cidade para provocar "corja de empresários", diz porta-voz
Bernardo Barbosa
Do UOL, em São Paulo
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Zanone Fraissat/Folhapress
Vitor dos Santos Quintiliano, porta-voz do MPL na manifestação de terça-feira (14)
Só em 2016, o MPL (Movimento Passe Livre) já promoveu cinco dias de manifestações contra o aumento da tarifa do transporte público em São Paulo. E se o objetivo é a revogação do reajuste, a estratégia também é clara: parar a cidade e "provocar as estruturas do capitalismo", diz Vitor dos Santos Quintiliano, um dos mais frequentes porta-vozes do movimento nos protestos deste ano.
"A gente parte muito da linha que uma manifestação que trava a circulação da cidade, trava a circulação de mercadoria. A gente provoca justamente as pessoas que se dão bem com nosso sufoco, essa corja de empresários, poucos e muito ricos", defendeu Quintiliano em conversa com jornalistas antes dos protestos de terça (19), explicando porque os protestos do MPL costumam ser marcados para dias úteis no fim da tarde -- em geral, às 17h nas terças e quintas.
'Revolta popular? Tomara que aconteça'
"Junho de 2013 foi uma revolta popular. De jeito nenhum a gente tem a pretensão de fazer de novo uma revolta popular, não existe receita de bolo para a luta social. A gente tem, claro, a pretensão de continuar seguindo com conquistas sociais, mas fazer de novo uma revolta popular? Tomara que aconteça. Mas a gente não tem a certeza de que vai acontecer."
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