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Com chuva, cemitério desaba e túmulos caem sobre casas em Minas Gerais

Túmulos do cemitério de Maria da Fé caem em casa por causa das chuvas, em Minas Gerais - Luan Antônio/Facebook
Túmulos do cemitério de Maria da Fé caem em casa por causa das chuvas, em Minas Gerais Imagem: Luan Antônio/Facebook

Carlos Eduardo Cherem

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte

16/01/2016 18h59

As fortes chuvas que caem em Minas Gerais neste fim de semana, sobretudo no sul do Estado, derrubaram o muro do cemitério de Maria da Fé (a 432 km de Belo Horizonte) neste sábado (16). Após a queda do muro e do barranco, alguns túmulos deslizaram sobre duas residências vizinhas ao cemitério. 

Não houve vítimas ou feridos, de acordo com a PM (Polícia Militar) de Minas Gerais. As duas famílias, porém, tiveram de deixar suas casas e foram abrigadas em um hotel do município. Maria da Fé tem 14 mil habitantes.

Além do município, pelo menos 12 cidades da região foram afetadas pelas chuvas e enchentes. Diversas rodovias foram fechadas. A BR-460 está fechada por causa de um afundamento de pista. A BR-354 também está com o trânsito bloqueado após o transbordamento de um rio e queda de alguns barracos à margem da rodovia.

Gás de amônia

Em Itamonte (MG), a 417 km de Belo Horizonte e com 33 mil habitantes, também no sul do Estado, o rio subiu seis metros e um cano de uma empresa que estava desativada há três anos se rompeu e espalhou gás de amônia pelo município. Até por volta de 18h deste sábado (16), 200 pessoas estavam desalojadas na cidade.

De acordo a Defesa Civil, diversas pessoas passaram mal na cidade com o cheiro que se desprendeu dos canos de gás e foram encaminhadas para o hospital da cidade.

Em Lambari (MG), duas barragens se romperam e causaram inundação no centro do município.

Em São Lourenço (MG), cidade de 42 mil habitantes, a Defesa Civil alertou os moradores sobre o transbordamento do rio Verde, que corta o município. Em São Lourenço também foram registradas quedas de muros.

Voos cancelados

Até as 18h deste sábado, o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, região metropolitana de Belo Horizonte, já havia cancelado 156 voos e 18 estavam atrasados.

De acordo com a BH Airport, empresa que administra o aeroporto, os pousos e decolagens, mesmo operados por instrumentos, ficaram abaixo das condições mínimas de segurança.