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Comerciante sobrevive após ventania que o arremessou de telhado em SC

Camila Rodrigues da Silva

Colaboração para o UOL, em Florianópolis

02/02/2016 20h04

Um "voo" de 25 metros durante uma forte tempestade. Essa foi a proeza de um comerciante da cidade de Joinville (SC) na tarde do último dia 26 de janeiro. Osni Benevenutti, 48, estava no telhado de um galpão de sua empresa de ferro-velho, no bairro de Morro do Meio, a seis metros de altura, e foi arremessado pelo vento a uma distância de 25 metros. 

Ele sobreviveu à queda, mas teve alguns ferimentos. Casualmente, o "voo" foi registrado pelo celular da nora,  Tamires Hoffmann Kusz, 25. Ela estava em sua casa, em frente ao local do acidente, filmando a destruição dos telhados para mostrar ao marido quando ele chegasse do trabalho.

“O outro lado do galpão já tinha sido destruído em outro temporal no fim do ano passado. E eu também tinha filmado. A gente filma tanta coisa… Mas, na hora, eu nem vi que seu Osni estava no telhado”, disse a moça.

Tamires contou que, quando começou a tempestade”, o comerciante, um dos três filhos que trabalham com ele e um empregado foram até o galpão amarrar algumas cordas no caibro do telhado para tentar segurá-lo. “Mas o vento levou tudo. Ele não sabe se estava com uma corda amarrada no pulso ou se ficou enrolado em uma delas com a ventania. Só lembra até o momento em que o funcionário amarrou a corda no telhado.”

Outro filho, Christian Benevenutti, 20, estava na parte de fora do galpão tentando usar a concha de uma retroescavadeira para eviyar mais danos no galpão. Foi ele quem viu o pai ser arremessado e, em seguida, correu para pedir ajuda. “A gente foi acudir e viu que as telhas caíram por cima dele. Ele desmaiou e só acordou dois dias depois no hospital”, afirmou Tamires.

Os familiares o encaminharam ao hospital São José, onde ficou internado até este domingo (31). O comerciante quebrou o pulso esquerdo, o fêmur direito e teve um corte profundo na cabeça, no qual levou cerca de 20 pontos. Ele está bem, mas vai demorar uns nove meses para voltar a andar, segundo o médico."

A nora contou ainda que, somente depois da internação, é que percebeu que o vídeo tinha registrado o momento exato do acidente. “Um primo nosso que mora aqui perto veio em casa e eu mostrei o vídeo para ele. Foi aí que a gente viu meu sogro no meio das telhas.”