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Explosão em condomínio no Rio deixa cinco mortos e nove feridos

Explosão atingiu conjunto habitacional na zona norte do Rio de Janeiro - José Lucena/Futura Press/Estadão Conteúdo
Explosão atingiu conjunto habitacional na zona norte do Rio de Janeiro Imagem: José Lucena/Futura Press/Estadão Conteúdo

Do UOL, no Rio

05/04/2016 07h48Atualizada em 06/04/2016 08h17

Uma explosão no conjunto habitacional Fazenda Botafogo, em Coelho Neto, na zona norte do Rio de Janeiro, deixou ao menos cinco mortos e nove feridos no fim da madrugada desta terça-feira (5), segundo informações do Corpo de Bombeiros. Há suspeita de que a tragédia tenha sido causada a partir de um vazamento de gás.

Morreram José S., 85, Rosane Oliveira, 55, e Francisco Oliveira, 55. As outras duas vítimas são uma mulher adulta não identificada e uma adolescente de 13 anos. Os sobreviventes foram encaminhados a três hospitais: Carlos Chagas, em Marechal Hermes, Albert Schweitzer, em Realengo, e Getúlio Vargas, na Penha.

Inicialmente, o Corpo de Bombeiros divulgou que a explosão havia ferido 13 pessoas, mas esse número foi atualizado posteriormente.

Estão em unidades de saúde:

Hospital Carlos Chagas (três vítimas): Fernando C, 56, José J. Santos, 69, e Ednei S. Silva, 41.

Hospital Albert Schweitzer (duas vítimas): Luiz P. Silva, 72, e Alzemira C. Silva, 58.

Hospital Getúlio Vargas (duas vítimas): Paulo R. Pereira, 35, e Jociara S. Nicácio, 33.

Duas moradoras foram atendidas no próprio local e liberadas em seguida pelos socorristas do Corpo de Bombeiros: Renata C. Lima, 34, e Lenira M. Costa, 79.

Prefeitura custeará obras

Após reunião entre moradores e o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), as partes acordaram que cada família prejudicada receberá uma ajuda de custo de R$ 1.000. O benefício será concedido durante as obras emergenciais que a prefeitura pretende fazer no conjunto Fazenda Botafogo. Além disso, enquanto os apartamentos estiverem interditados, Paes se comprometeu a pagar hospedagem em hotel para os que não tiverem condições de acolhimento por parte de parentes.

Técnicos da Riourbe (Empresa Municipal de Urbanização) estão realizando uma vistoria na área atingida para verificar a necessidade de obras e procedimentos de reparação. A prefeitura informou também que todos os gastos decorrentes da explosão serão posteriormente cobrados dos "responsáveis". "A Riourbe vai assumir imediatamente a recuperação do prédio e vamos dar uma ajuda de custo enquanto a obra não ficar pronta. Certamente, vamos cobrar dos responsáveis os gastos", afirmou Paes.

Suspeita de vazamento de gás

Técnicos da CEG (Companhia Estadual de Gás) realizam uma inspeção no prédio atingido, pois há suspeita de que um vazamento de gás tenha sido a causa da explosão. Segundo a estatal, dos 40 apartamentos da edificação, 19 são abastecidos pelo gás natural fornecido pela companhia, fato que "dificulta a identificação da origem da explosão".

A tragédia ocorreu no primeiro pavimento de um prédio de cinco andares. A Fazenda Botafogo possui, no total, 86 prédios com 40 apartamentos cada. Aproximadamente 17 mil pessoas vivem no conjunto habitacional.

Segundo a "GloboNews", moradores relataram que sentiam forte cheiro de gás há um ano. Um deles disse ter solicitado visita técnica da CEG há cerca de 30 dias. "Eles vinham aqui, constatavam que não tinha nada anormal e iam embora", declarou ele à reportagem da emissora de TV.

Procurada, a CEG informou que o fornecimento de gás na região foi interrompido por medida de segurança e que "as causas do acidente estão sendo investigadas". "Qualquer informação, por ora, é prematura", disse a empresa por meio de nota oficial. "A CEG se solidariza com os moradores e informa que está com equipes no local, trabalhando em conjunto com o Corpo de Bombeiros e com a Defesa Civil."

Em relação aos chamados feitos pelos moradores, a CEG informou apenas ter "efetivamente prestado atendimento". "Esteve no local sempre que foi solicitada e prontamente sanou os vazamentos, quando encontrados. Todos os procedimentos e normativas técnicas padrão de segurança foram rigorosamente seguidos e implementados. No dia 21 de dezembro de 2015, foi feita uma varredura na rede de gás e não foi encontrada nenhuma anomalia." (Com Estadão Conteúdo e Agência Brasil)