Justiça aceita acordo de R$ 20 bi para recuperar rio Doce; MPF vai recorrer
O TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região homologou nesta quinta-feira (5) o acordo para a criação de um fundo de R$ 20 bilhões para recuperar a bacia do rio Doce, atingida pelo rompimento da barragem de Fundão, da Samarco, em Mariana (MG), há seis meses.
O MPF (Ministério Público Federal) em Minas Gerais afirmou que vai recorrer da decisão. No início dessa semana, o MPF entrou com uma ação na Justiça pedindo reparações da ordem de R$ 155 bilhões, valor quase oito vezes superior ao do acordo.
“O Ministério Público Federal mantém a convicção na reparação integral dos danos por meio da ação civil pública que ajuizou e irá recorrer da decisão homologatória do acordo”, afirmou em nota o MPF.
Para os procuradores, “não foi concedido prazo para manifestação prévia do MPF”, que disse “lamentar” a decisão judicial.
“O acordo não estabeleceu todos os mecanismos jurídicos capazes de garantir que as obrigações assumidas pelas empresas sejam efetivamente cumpridas”, disse o MPF.
O acordo foi assinado em março pela União, pelos governos de Minas Gerais e Espírito Santo e pelas mineradoras Samarco, Vale e BHP Billiton.
Em nota, o diretor-presidente da Samarco Roberto Carvalho afirmou que a homologação “é o reconhecimento pela Justiça do compromisso da empresa com a recuperação das áreas impactadas”
“Esse acordo representa um avanço na maneira de tratar grandes questões envolvendo o poder público e o setor privado, na defesa dos interesses da sociedade e de populações impactadas por acidentes como este", disse Carvalho.
O executivo também informou que a criação da fundação que vai gerir o fundo de R$ 20 bilhões e administrar os 41 programas socioambientais listados no acordo está em andamento. A previsão é que a fundação comece a operar em agosto deste ano.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.