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Apesar de soltura, atleta continua investigado por estupro coletivo no Rio

Lucas Perdomo (primeiro da direita para a esquerda) foi solto nesta sexta-feira (3). Para a polícia, não há "provas suficientes" para que ele continue preso - Fabiano Rocha /Extra/Ag O Globo
Lucas Perdomo (primeiro da direita para a esquerda) foi solto nesta sexta-feira (3). Para a polícia, não há "provas suficientes" para que ele continue preso Imagem: Fabiano Rocha /Extra/Ag O Globo

Do UOL, no Rio

03/06/2016 18h51

O jogador de futebol Lucas Perdomo Duarte Santos, preso há quatro dias por suspeita de participação no estupro coletivo de uma adolescente de 16 anos, no Rio de Janeiro, deixou nesta sexta-feira (3) o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste carioca. No entanto, o atleta continuará sendo investigado, informou a delegada do caso, Cristina Bento.

O suspeito poderá se defender em liberdade, mas ainda é alvo do inquérito da DCAV (Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima). "Ele continua envolvido [no inquérito]. O caso não acabou", afirmou a delegada. A polícia identificou outros sete suspeitos.

Os familiares de Lucas Perdomo comemoraram a decisão. "Está ótimo. O importante é que [seja] solto", disse Silvio Duarte Santos, pai do jogador, em entrevista à "Folha de S.Paulo".

A ordem de soltura foi expedida pela Justiça depois que a delegada deu parecer favorável ao pedido da defesa. Segundo ela, até o momento, "não há provas suficientes da participação dele".

Lucas Perdomo tinha um relacionamento com a jovem violentada, de acordo com o depoimento dela à polícia. Ele afirmou à polícia que estava com a adolescente no local do crime, mas nega ter participado do abuso sexual. O suspeito foi preso na segunda-feira (30), quando se preparava para dar uma entrevista a jornalistas em um restaurante no centro da capital carioca.

O advogado do suspeito, Eduardo Antunes, afirma que, no dia do crime, ele teve relação sexual com outra mulher, uma suposta amiga da jovem. Antunes alega que seu cliente teria deixado o local antes do estupro. A adolescente violentada teria ficado dormindo na casa, na versão da defesa.

De acordo com o relato da vítima, ela foi dopada e estuprada por um grupo de 33 homens, alguns armados com fuzis e pistolas, em uma casa conhecida como "abatedouro". A delegada Cristina Bento declarou não ter dúvidas sobre o crime. "Minha convicção é de que houve estupro", disse.

Lucas Perdomo, conhecido como "Luquinhas", era jogador de futebol do Boavista, clube do interior fluminense que disputa o Campeonato Carioca, mas teve seu contrato rescindido após a repercussão do caso.