Mulher é processada após espalhar boatos de sequestro de crianças em PB
Uma mulher de 29 anos vai responder na Justiça por ter espalhado informações falsas sobre sequestros de crianças que estariam ocorrendo em um shopping center de João Pessoa. As mensagens foram repassadas pelas redes sociais e logo se espalharam, causando pânico na cidade. A mulher gravou um áudio no WhatsApp que foi rapidamente compartilhado por centenas de pessoas, cresceram com uma onda de boatos.
Nesta sexta-feira (15) a mulher, que trabalha como vendedora de uma loja de roupa infantil, foi ouvida pela Polícia Civil da Paraíba e assinou um TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência), conforme informações da assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública da Paraíba. O TCO será encaminhado ao Juizado Especial Criminal.
A mulher admitiu ser a dona do perfil utilizado para a divulgação do suposto sequestro e disse que, quando postou o comentário, não tinha certeza do fato. Em depoimento à polícia, ela disse que retirou a postagem no dia seguinte, atendendo a um pedido da chefe.
Segundo a polícia, a mulher vai responder com base da Lei de Contravenções Penais, por "provocar alarma, anunciando desastre ou perigo inexistente, ou praticar qualquer ato capaz de produzir pânico ou tumulto". A pena pode ser prisão de 15 dias a 6 meses ou multa.
A delegada Emília Ferraz, titular da 1ª Delegacia Seccional de João Pessoa, informou que o ato da mulher fez "com que a falsa ocorrência fosse replicada em escala geométrica, gerando uma sensação de temor à sociedade”.
Ainda de acordo com a delegada, chegou-se a divulgar que “uma suposta quadrilha de Alagoas estaria atuando na Paraíba, em Pernambuco e no Rio Grande do Norte, quando o que aconteceu na verdade foi um caso de criança perdida, já entregue à mãe”.
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