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Polícia do RJ pede DNA de mãe de embaixador grego para identificar corpo

Segundo a polícia, Kyriakos Amiridis foi morto no último dia 26, em Nova Iguaçu (RJ) - Marcos Correa/Divulgação/Presidência da República
Segundo a polícia, Kyriakos Amiridis foi morto no último dia 26, em Nova Iguaçu (RJ) Imagem: Marcos Correa/Divulgação/Presidência da República

Gustavo Maia

Do UOL, no Rio

04/01/2017 15h06

A Polícia Civil do Rio de Janeiro solicitou o recolhimento do material genético da mãe do embaixador da Grécia no Brasil, Kyriakos Amiridis, 59, para fazer exame de DNA e identificar o corpo encontrado carbonizado dentro do carro alugado pelo diplomata.

Os investigadores não têm dúvidas de que se trata de Amiridis, mas a perícia para comprovar o reconhecimento oficial é "indispensável" ao inquérito.

De acordo com o delegado Evaristo Magalhães, da DHBF (Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense), que comanda as investigações, o pedido foi feito nesta segunda-feira (2) aos policiais gregos que acompanham os agentes brasileiros desde o início da semana. Como a mãe do diplomata mora na Grécia, ele não soube dizer quando o material chegará ao Rio.

O caso foi considerado "solucionado" pela polícia na última sexta (30), dois dias depois de sua mulher, Françoise de Souza Oliveira, 40, comunicar o desaparecimento dele. Segundo as investigações, o diplomata foi morto na noite do dia 26 de dezembro, em uma ação tramada por sua mulher e o amante dela, o policial militar Sérgio Gomes Moreira Filho, 29.

Sérgio teria contado com a ajuda do seu sobrinho, Eduardo Moreira Tedeschi de Melo, 24. O corpo foi colocado no Ford Ka Sedan alugado pela vítima e encontrado carbonizado na quinta (29).

A polícia também vai recolher o material genético da filha do casal, de dez anos, que está no Rio de Janeiro. Mas segundo investigadores ouvidos pela reportagem do UOL, o DNA da mãe é irrefutável, e o da filha, não.

Defesa

O advogado de Françoise, presa desde sexta (30) pelo assassinato do marido, afirmou ao UOL que sua cliente está se sentido injustiçada pela polícia. "Ela está apreensiva, com um sentimento de injustiça muito intenso. Ela não planejou nada disso", declarou Jorge Viana Dória.

A reportagem tentou, sem sucesso, entrar em contato com Ricardo César da Silva Cruz, advogado que aparece nos autos do processo como representante do PM.