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Revista apreende celulares e drogas em presídio de Manaus onde 4 morreram

Durante revista, foram apreendidos celulares na Unidade Prisional do Puraquequara - Bruno Zanardo/Secom/Governo do AM
Durante revista, foram apreendidos celulares na Unidade Prisional do Puraquequara Imagem: Bruno Zanardo/Secom/Governo do AM

Do UOL, em São Paulo

05/01/2017 22h22Atualizada em 05/01/2017 22h22

Uma revista realizada nesta quinta-feira na UPP (Unidade Prisional do Piraquequara), presídio em Manaus, apreendeu diversos celulares e drogas. No começo da semana, uma rebelião na cadeia deixou quatro mortos. Em outra unidade, o Compaj (Complexo Penitenciário Anísio Jobim), 56 presos morreram.

O procedimento foi feito pela Seap (Secretaria de Administração Penitenciária) e pela PM (Polícia Militar) e resultou na apreensão de 105 celulares, drogas, uma pistola calibre 380, além de armas artesanais.

Dois internos que estavam na mesma cela onde a arma foi encontrada foram transferidos para o Regime Disciplinar Diferenciado no Ipat (Instituto Penal Antônio Trindade).

Também foram localizados durante a revista: baterias, chips e carregadores de celulares, garrafas de bebida alcoólica, pen drives e um modem de internet.

Revista em presídio - Bruno Zanardo/Secom/Governo do AM - Bruno Zanardo/Secom/Governo do AM
Durante revista, foram apreendidas armas de fabricação artesanal na unidade prisional
Imagem: Bruno Zanardo/Secom/Governo do AM

Em nota, a PM informou que "o procedimento foi realizado com o objetivo de retirar materiais ilícitos que poderiam ser usados para desestabilizar a unidade e promover alguma alteração".

Superlotado, presídio de Manaus foi cenário de massacre

Entre os dias 1º e 2 deste mês, ao menos 56 detentos morreram durante uma rebelião no Compaj (Complexo Penitenciário Anísio Jobim), em Manaus. Dezenas de corpos foram encontrados esquartejados, decapitados e queimados. Essa foi a maior matança registrada em presídios desde o massacre do Carandiru, que resultou na morte de 111 presos em 1992, em São Paulo. Na UPP, foram quatro mortos.

A rebelião em Manaus durou cerca de 17 horas e começou na tarde de domingo. A Secretaria de Segurança Pública do Amazonas atribuiu o que aconteceu a uma disputa entre as facções rivais FDN (Família do Norte)--que tem relação com o Comando Vermelho do Rio de Janeiro-- e PCC (Primeiro Comando da Capital), pelo controle do tráfico de drogas.