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DNA confirma que corpo encontrado carbonizado no Rio era de embaixador grego

O embaixador da Grécia no Brasil, Kyriakos Amiridis, foi morto em Nova Iguaçu (RJ) - Marcos Correa/Divulgação/Presidência da República
O embaixador da Grécia no Brasil, Kyriakos Amiridis, foi morto em Nova Iguaçu (RJ) Imagem: Marcos Correa/Divulgação/Presidência da República

Gustavo Maia

Do UOL, no Rio

06/01/2017 17h17

Um exame de DNA realizado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro confirmou, conforme resultado divulgado na tarde desta sexta-feira (6), que o corpo encontrado carbonizado dentro do carro alugado pelo embaixador da Grécia no Brasil, Kyriakos Amiridis, 59, é realmente do diplomata. A perícia utilizou material genético da mãe de Kyriakos, que vive na Grécia.

De acordo com o delegado Evaristo Magalhães, da DHBF (Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense), que comanda as investigações, o material com o DNA da mãe chegou ao Rio nesta quinta (5) e o resultado ficou pronto "agora há pouco". "O laboratório de genética da polícia prevê até 30 dias para dar o resultado, mas como esse caso tinha muita pressa, conseguiu fazer logo", afirmou o delegado ao UOL.

Os investigadores não tinham dúvidas de que se tratava do corpo de Amiridis, mas a perícia para comprovar o reconhecimento oficial era "indispensável" ao inquérito. "Nós já estávamos contando isso como certeza, mas precisávamos da prova cabal", declarou Magalhães. Segundo o delegado, o inquérito continua para "robustecer a tese de que ele foi assassinado a mando da mulher".

O caso foi considerado "solucionado" pela polícia em 30 de dezembro, dois dias depois de a mulher do diplomata, Françoise de Souza Oliveira, 40, comunicar o desaparecimento dele. Segundo as investigações, Amiridis foi morto na noite do dia 26 de dezembro, em uma ação tramada por sua mulher e o amante dela, o policial militar Sérgio Gomes Moreira Filho, 29.

Sérgio teria contado com a ajuda do seu sobrinho, Eduardo Moreira Tedeschi de Melo, 24. O corpo foi colocado no Ford Ka Sedan alugado pela vítima e encontrado carbonizado no dia 29.

Defesa

O advogado de Françoise, presa desde o dia 30 pelo assassinato do marido, afirmou ao UOL que sua cliente está se sentido injustiçada pela polícia. "Ela está apreensiva, com um sentimento de injustiça muito intenso. Ela não planejou nada disso", declarou Jorge Viana Dória.

Nesta sexta, a reportagem tentou, sem sucesso, entrar em contato com Ricardo César da Silva Cruz, advogado que aparece nos autos do processo como representante do PM.