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Não tem tanto policial quanto deveria, dizem moradores do Rio sobre segurança

Policiamento na praia do Arpoador, no Rio, em dia de protestos de familiares de PMs  - Antonio Scorza / Agência O Globo
Policiamento na praia do Arpoador, no Rio, em dia de protestos de familiares de PMs Imagem: Antonio Scorza / Agência O Globo

Ronald Lincoln Jr

Colaboração para o UOL, no Rio

11/02/2017 13h35Atualizada em 11/02/2017 13h41

Em meio a protesto de familiares de policiais militares no Rio, frequentadores das praias da zona sul da cidade consideram que o efetivo da PM está menor do que o comum para os fins de semana do verão neste sábado (11). O clima, porém, é de segurança. 

A reportagem do UOL circulou pela orla e viu alguns veículos da PM em patrulhamento, mas não em grande número. Há grande presença de carros e homens da Guarda Municipal, no entanto.

Morador de Ipanema, Ronaldo José, 49, passeou pela orla de bicicleta e disse que, em sua opinião, há poucos policiais militares. "A praia está calma. Mas vim do Leblon até aqui e dá para ver que não tem tanto policial quanto deveria ter em um sábado de verão", contou o porteiro.

O sorveteiro José Ezequiel, 82, reclama da baixa clientela, que atribui ao medo da população de sair de casa com os boatos de greve da polícia. "Eu vim trabalhar porque gosto, mas com essas notícias eu acho perigoso. Num calor desse o movimento está fraco, acho que as pessoas ficaram assustadas", explicou.

Questionada, a PM afirmou, por meio de sua assessoria, que o patrulhamento na região ocorre normalmente. Também disse que não houve registro de arrastões nas praias.

Em frente aos batalhões de Copacabana (19°) e Leblon (23°), estão concentradas as manifestantes. As familiares de PMs tentam barrar a saída de carros e soldados para o serviço. Os agentes, porém, estão realizando as trocas de turno de maneira alternativa, fora dos quartéis.

A Polícia Militar divulgou que grupos de familiares de policiais se concentram nesta manhã de sábado (11) em frente de 29 unidades da corporação. O ato é pelo pagamento do 13º salário, do RAS (Regime de Adicional de Serviço) Olímpico e de adicionais pelo programa de metas, todos atrasados. "Não existe paralisação da Polícia Militar, e sim uma mobilização de familiares, iniciada pelas redes sociais", afirma nota da PM.

O governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) promete para o próximo dia 14 o pagamento dos salários de janeiro apenas - em cumprimento ao compromisso estipulado de honrar os pagamentos até o 10º dia útil de cada mês.