Chuva deixa um morto e dez desaparecidos na serra gaúcha

O temporal que atingiu a serra gaúcha na manhã deste domingo (12) causou a morte de uma pessoa, o desaparecimento de dez e deixou dezenas de feridos na cidade de São Francisco de Paula (112 km de Porto Alegre). A cidade estuda decretar estado de calamidade. Há residências destruídas e centenas de famílias fora de suas casas.

A chuva intensa, acompanhada de fortes rajadas de vento, começou no início da manhã deste domingo. Já era prevista a mudança severa no tempo, devido à chegada de uma massa de ar frio vinda da Argentina, que se chocaria com o ar quente e úmido estacionado sobre o Estado.

A identidade do morto em São Francisco de Paula ainda não foi revelada. Ele morava em uma casa vizinha a uma escola, que desmoronou sobre o imóvel. Grande parte do município está sem luz, e a preocupação é com a falta de água. A Defesa Civil chegou a anunciar a morte de duas pessoas, mas depois disse que não havia a segunda vítima.

"Dezenas de casas estão destruídas, ginásios, escolas, igrejas foram atingidas, e há centenas de árvores caídas", disse o prefeito Marcos Aguzzoli. A Defesa Civil da cidade contabiliza os estragos. Faltam lonas, e as pessoas que tiveram suas casas danificadas estão sendo encaminhadas a ginásios e igrejas.

Segundo a Defesa Civil, a chuva afetou 1.600 pessoas em São Francisco de Paula e deixou 200 casas totalmente destruídas. O governo do Estado afirmou que irá ajudar financeiramente a prefeitura.

As fortes chuvas também atingiram outras regiões do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, por exemplo, registrou desde a madrugada 80% da chuva prevista para todo mês de março -50 mm em 2 horas. Em todo RS, cerca de 70 mil pessoas ficaram sem energia elétrica, que aos poucos vem sido restabelecida.

 Ainda na serra, a forte precipitação alagou o campo e deixou submerso o túnel de acesso dos jogadores no estádio Alfredo Jaconi, do Juventude, onde o time recebeu e venceu o Internacional, às 16h, pelo Campeonato Gaúcho.