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Irmão do goleiro Bruno vira réu no Rio por sequestro de Eliza

O irmão do goleiro Bruno, Rodrigo Fernandes de Souza - Reprodução
O irmão do goleiro Bruno, Rodrigo Fernandes de Souza Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

20/03/2017 19h30Atualizada em 20/03/2017 19h43

O juiz Marco Couto, titular da 1ª Vara Criminal Regional de Jacarepaguá, na zona oeste do Rio, aceitou, nesta sexta-feira (17) denúncia oferecida pelo Ministério Público contra Rodrigo Fernandes das Dores de Souza, irmão do goleiro Bruno, pela participação no sequestro da modelo Eliza Samudio. Anderson Rocha da Silva, o Russo, também virou réu no caso.  A informação foi divulgada nesta segunda-feira (20).  

De acordo com as investigações, no momento em que Bruno ameaçava e obrigava Eliza a entrar em seu carro, Rodrigo encontrava-se no interior do veículo, escondido, deitado no banco traseiro. Logo em seguida, Russo e Macarrão surgiram e também entraram no automóvel. No 5º mês de gravidez, Eliza foi levada ao apartamento de Bruno e, segundo a denúncia,obrigada a tomar medicamentos abortivos. Segundo informações divulgadas pela Justiça, os acusados ameaçavam a modelo para que ela concordasse com o aborto.

 Amigo de Bruno, Macarrão foi condenado, em novembro de 2012, a 15 anos de prisão por homicídio qualificado. Em 2016, ele passou para o regime semiaberto, com o direito a trabalhar fora do presídio. Agora, ele quer que o STF conceda a extensão dos efeitos da decisão que libertou o ex-goleiro do Flamengo.

Bruno deixou a prisão no último dia 24. Condenado a 22 anos e três meses pela morte de Eliza Samudio, ele obteve liminar, do ministro do STF Marco Aurélio, autorizando-o a aguardar a conclusão da ação penal em liberdade. Bruno Fernandes deixou a prisão no último dia 24.

Falta de identificação atrasou investigação

Como, na época da oferta da denúncia contra o goleiro Bruno, os participantes do sequestro não haviam sido todos identificados, a Justiça havia decidido pelo desmembramento das investigações, o que possibilitou o julgamento de Bruno e Macarrão separadamente. 

O Ministério Público chegou a solicitar arquivamento do inquérito relativo a Anderson e Russo. O juiz Marco Couto, porém, entendeu que havia provas suficientes para o prosseguimento das investigações e identificação dos demais envolvidos.