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Doria minimiza greve geral e diz que vai multar sindicato de ônibus

Doria na quarta (26), quando anunciou o programa de recapeamento Asfalto Novo - Bruno Rocha - 26.abr.2017/Fotoarena/Estadão Conteúdo
Doria na quarta (26), quando anunciou o programa de recapeamento Asfalto Novo Imagem: Bruno Rocha - 26.abr.2017/Fotoarena/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

28/04/2017 16h45Atualizada em 28/04/2017 17h31

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), disse na tarde desta sexta-feira (28) a jornalistas que a greve geral afetou a cidade "muito menos" do que os grevistas gostariam.

"Evidentemente, houve uma afetação da vida da cidade, mas muito menos do que desejam os grevistas, os sindicalistas e outros 'istas'", afirmou.

Diversos atos e paralisações estão acontecendo nesta sexta (28) no país em protesto contra as reformas da previdência e trabalhista propostas pelo governo Michel Temer (PMDB). Articulada por movimentos sociais, sindicatos e partidos de oposição, a greve geral interfere no funcionamento de serviços básicos como transporte público, escolas e bancos.

Manifestantes argumentam que os projetos em questão retiram direitos dos trabalhadores ao alterar pontos da CLT (Consolidação das Lei do Trabalho) e endurecer as regras para conseguir a aposentadoria.

Multa para sindicato

Doria disse que vai multar o Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo, que segundo o prefeito não respeitou a determinação judicial de manter parte do transporte em funcionamento.

Na quarta (26), a prefeitura informou ter obtido liminar judicial exigindo que 60% dos ônibus circulassem nos horários de pico, sob pena de multa de R$ 500 mil por hora em caso de descumprimento da decisão.

Em algumas regiões da cidade, como na zona oeste, há circulação de micro-ônibus de algumas cooperativas de transporte coletivo. Também há alguns ônibus intermunicipais da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo) circulando. 

No metrô e nos trens, a operação foi parcial na maioria das linhas, com exceção da 3-vermelha e da 15-prata, que até as 17h ainda estavam paralisadas.

Além disso, a operação Paese também não pôde ser colocada em prática por falta de funcionários.

Prefeito critica grevistas

O prefeito repetiu a declaração de que os grevistas são "preguiçosos e vagabundos" e considerou que são uma "minoria ruidosa" que prejudica "a vida de quem quer trabalhar". 

Segundo Doria, apesar da greve geral, 80% do setor de saúde pública do municipal funcionou hoje. Nas escolas, segundo o prefeito, 50% dos professores aderiram ao movimento.

"Nas demais áreas, tivemos mais de 90% de comparecimento de funcionários públicos", disse Doria, que agradeceu aos servidores que foram trabalhar.

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