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Projeto de Lei proíbe fogos de artifício em Florianópolis. Mas sugere substituto

Stringer/Reuters
Imagem: Stringer/Reuters

Demetrio Vecchioli

Colaboração para o UOL

15/05/2017 14h46

No que depender da vereadora Maria da Graça (PMDB), a cidade de Florianópolis vai erradicar os fogos de artifício e outros artefatos explosivos em até três anos. É dela um projeto de lei que proíbe a comercialização, manuseio, queima, soltura ou qualquer outra forma de utilização de fogos de artifício e artefatos pirotécnicos no município

Pelo projeto, nos próximos três anos os fogos seriam substituídos por artefatos pirotécnicos silenciosos, importados, que também degradam o meio-ambiente, mas não emitem sons. Depois, pelo que planeja a vereadora, os fogos seriam substituídos por drones.

“Os drones são programados para fazer um show de luzes. A Disney já fez, o Super Bowl (final da NFL) já fez, até um show da Lady Gaga já substituiu fogos por drones. As prefeituras que fazem esses shows de fogos podem pagar por drones. Aquele show maravilhoso do Rio não vai demorar a ser feito por drones também”, aposta ela.

Maria da Graça, eleita pela plataforma da defesa animal, afirma que fez amplos estudos para apresentar o projeto. Segundo ela, os fogos de artifício prejudicam não só os cachorros, mas também fazem mal à saúde humana e ao meio-ambiente, à medida que poluem.

“Eu tenho essa demanda há muitos anos. Sempre que tem eventos com muitos fogos, é a cachorrada toda se perdendo muitos machucados”, diz, antes de ampliar o foco. “Está certo que os animais são prejudicados, mas os humanos nem se fala. Basta lembrar os problemas recentes, a tragédia lá de Santa Maria, na boate Kiss. É uma atividade extremamente nociva”, aponta.

O projeto de lei ainda precisa passar pelas comissões da Câmara Municipal de Florianópolis antes de ser levado a plenário. A vereadora acredita que em cinco ou seis meses o projeto deve ser votado. Segundo ela, não há fábricas de artefatos na cidade, de forma que nenhum posto de trabalho seria fechado por contada da proibição da fabricação. Ainda de acordo com ela, somente dois lugares na capital catarinense comercializam fogos e essas lojas poderiam negociar os fogos silenciosos, fabricados na Inglaterra e Brasil.