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Justiça decreta prisão preventiva de suspeito de envenenar família com chumbinho

Reprodução/TV Jornal
Imagem: Reprodução/TV Jornal

Eduardo Carneiro

Colaboração para o UOL

17/05/2017 18h58

A Justiça de Pernambuco determinou nesta quarta-feira a prisão preventiva de Jesemiel da Silva, conhecido como Kiko. Ele é o principal suspeito de ter envenenado a ex-namorada e mais oito familiares dela no último domingo, quando o grupo se reuniu para celebrar o almoço de Dia das Mães em Camaragibe, região metropolitana de Recife.

Procurado pela polícia desde a última segunda, o homem de 27 anos se apresentou nesta manhã espontaneamente para prestar depoimento na delegacia da região e já se encontra detido – o local não foi divulgado por questões de segurança.

O caso vem sendo investigado por uma força-tarefa da Polícia Civil e da Polícia Científica de Pernambuco. As primeiras análises das provas materiais coletadas em perícia na casa da família comprovaram que a comida continha uma substância conhecida como chumbinho, um poderoso tóxico produzido clandestinamente e utilizado como veneno para animais.

Familiares e testemunhas ouvidos pela delegada Euricélia Nogueira, que está à frente do caso, apontaram Kiko como o autor do envenenamento. Ele estaria inconformado com o término do namoro com Débora Regina Soares, de 22 anos, e fez ameaças à jovem depois de uma discussão na semana passada, inclusive na presença de familiares da vítima.

Débora e mais três parentes seguem internados no Hospital da Restauração, enquanto o pai e o irmão dela se recuperam no Hospital Nossa Senhora do Ó. As instituições não divulgaram o estado de saúde dos pacientes. Já as outras três pessoas envenenadas tiveram alta na segunda-feira. O gato de estimação da família, que também ingeriu a comida, morreu.

Kiko já havia sido preso anteriormente em 2013, por receptação de produtos roubados. Nesta quarta, ele alegou ser inocente e acusou o ex-marido da vítima pelo crime. Para a delegada Euricélia, porém, o confrontamento do conteúdo dos depoimentos e o resultado das perícias foram elementos suficientes para decretar a sua prisão preventiva.