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Tiroteio em favela do Rio fecha VLT no primeiro dia útil de novas estações

VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) trafega pela avenida Rio Branco, no centro do Rio, em direção ao aeroporto Santos Dumont - Júlio César Guimarães/UOL
VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) trafega pela avenida Rio Branco, no centro do Rio, em direção ao aeroporto Santos Dumont Imagem: Júlio César Guimarães/UOL

Do UOL, no Rio

05/06/2017 09h12

Um tiroteio no morro da Providência, no centro do Rio de Janeiro, afetou, nesta segunda-feira (5), a circulação do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), sistema de bondes que conecta a região portuária ao aeroporto Santos Dumont.

Um trecho com novas estações --"Providência" e "Harmonia"--, que teria nesta manhã o primeiro dia útil após a inauguração, no domingo (4), foi interrompido por "questão de segurança", de acordo com a concessionária VLT Carioca.

Operação Central do Brasil

A megaoperação realizada no dia 26 de maio durou três dias e se estendeu por toda a região portuária, que abrange bairros históricos, terminais de transporte e sedes de empresas e órgãos públicos. Participaram da ação, batizada "Central do Brasil", as polícias Militar e Civil, além da Guarda Municipal e de agentes da Seop (Secretaria Especial de Ordem Pública).

Sete suspeitos foram detidos e levados para as delegacias da Central do Brasil (4ª DP) e da praça Mauá (1ª DP). Houve apreensão de duas pistolas .40 Glock, munição para fuzil de grosso calibre, quase 1.500 embalagens com maconha e cocaína, uma motocicleta, entre outros itens.

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Veículo blindado da Polícia Militar circula pelas ruas da zona portuária do Rio
Imagem: Pedro Teixeira/Agência O Globo

Falta de policiamento x controle do tráfico

O morro da Providência é uma das sedes do projeto das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora), desde 2010. Foi a sétima unidade instalada no Estado, ainda na gestão do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), hoje preso por denúncias de corrupção, lavagem de dinheiro e outros crimes.

Nos últimos anos, porém, o policiamento na região praticamente deixou de existir. Os traficantes que já dominavam as bocas de fumo retomaram por completo o controle do território e passaram também a cobrar taxas de comerciantes e das empresas de ônibus que atuam nos terminais rodoviários.

Na região portuária, estão instaladas empresas de grande porte e também órgãos públicos --como as secretarias de Estado de Segurança e de Educação. Também ficam perto a rodoviária Novo Rio e o Boulevard Olímpico, por onde circulam milhares de turistas todos os dias. Nas imediações da Central do Brasil, há ainda a sede do CML (Comando Militar do Leste).