Mulher é condenada a 34 anos de prisão por matar grávida e roubar bebê
O Conselho de Sentença do Tribunal do Júri da Comarca de Ponte Nova, região da Zona da Mata de Minas Gerais, condenou na última terça-feira Gilmaria Silva Patrocínio a 34 anos, um mês e três dias de prisão pelo homicídio de Patrícia Xavier da Silva, que estava grávida de nove meses.
O crime ocorreu no dia 26 de junho de 2015, após a vítima sair de casa para uma consulta médica em um hospital da cidade. O corpo dela foi encontrado três dias depois num local ermo, com um corte na barriga e sem o bebê, que sobreviveu. Patrícia, que daria luz à seu primeiro filho, fruto de uma relação de sete anos, estava amordaçada e tinha pés e mãos amarrados.
Gilmaria assumiu a autoria do crime no dia 1 de julho de 2015, quando foi encontrada ao lado de seu então companheiro em posse do bebê. A Justiça concluiu que ela assassinou Patrícia para que pudesse ficar com o recém-nascido, tendo inclusive lhe registrado como seu próprio filho num cartório da cidade no dia 29 de junho daquele ano.
O júri foi presidido pela juíza Dayse Mara Silveira Baltazar. Ao estabelecer a pena, a magistrada afirmou que a culpabilidade da ré era “extremamente exacerbada" e que ela “não esboçou qualquer sentimento durante todo o processo nem mesmo arrependimento”. “A acusada simulou para o companheiro que estava grávida, o que durou por vários meses, até aparecer com a criança recém-nascida em casa”, completou.
O julgamento ainda determinou que Gilmara, que ficou presa preventivamente durante todo o processo, não terá o direito de recorrer em liberdade.
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