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Homem morre baleado pela polícia dentro de casa em Santos (SP)

João Wainer/Folhapress
Imagem: João Wainer/Folhapress

Eudardo Carneiro

Colaboração para o UOL

19/06/2017 15h16

Railton Alves dos Santos, 44 anos, morreu dentro de sua própria casa ao ser baleado por um policial militar durante perseguição ao seu filho, suspeito de tráfico de drogas. O caso ocorreu na noite do último sábado (17) em Santos, litoral de São Paulo.

De acordo com a PM, uma equipe da corporação seguia para o Morro do São Bento quando encontrou, na frente da residência de Railton, os jovens Weslley dos Santos, filho da vítima, e Bruno Coelho Soares. A dupla era conhecida pelos agentes por denúncias e prisões anteriores.

A PM relata que Weslley subiu as escadarias do local ao ser abordado, mas retornou após alguns instantes diante do pedido de revista de um agente. Foi encontrado um cigarro de maconha com ele e nada ilícito com o outro jovem.

Em seguida, o policial avançou em direção à residência, que estava com o portão aberto, para verificar se Weslley havia escondido algo no momento em que tentou escapar.

Ao voltar, o agente, segundo relato, viu Weslley subindo pelo lado de fora da casa até o andar superior para se esconder dentro de um quarto. Um dos patrulheiros, então, passou a bater à porta, que, segundo a PM, foi aberta com violência de forma repentina e atingiu a cabeça do policial.

Ainda de acordo com a PM, assim que os policiais entraram na casa, Weslley saiu do quarto com um pedaço de vidro na mão e seu pai, Railton, avançou com uma faca na mão em direção do patrulheiro, causando cortes em seu braço direito.

Para se defender da agressão, o PM efetuou um disparo que atingiu o abdômen de Railton. O Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU) chegou a ser acionado, mas o médico constatou o óbito do proprietário ao chegar à residência.

Segundo a PM, foram apreendidos duas porções de maconha e um cigarro de maconha, 33 pedras de crack e um telefone celular no local. Weslley foi detido por tráfico de drogas e resistência à prisão.

A ocorrência foi registrada como homicídio decorrente de intervenção policial e apresentada na Central de Polícia Judiciária de Santos, que investiga o caso. Também foram instaurados inquéritos pela Policial Militar e pela Polícia Civil para a apuração dos fatos.