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Policial é morto após traficantes atacarem UPP da Mangueira, no RJ

PM revista moradores após morte de cabo durante ataque à UPP da Mangueira - Mauro Pimentel/AFP
PM revista moradores após morte de cabo durante ataque à UPP da Mangueira Imagem: Mauro Pimentel/AFP

Do UOL, no Rio

17/07/2017 13h39

Um policial militar morreu e outro foi baleado na perna durante um ataque à UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) Mangueira, na zona norte do Rio de Janeiro, na manhã desta segunda-feira (17). O cabo Bruno Santos Leonardo, 29, foi o 71º policial morto no Estado desde o começo do ano.

De acordo com a coordenadoria da UPP, o ataque foi orquestrado por traficantes do morro da Mangueira, vizinho ao estádio do Maracanã. Os policiais foram atacados a tiros durante a troca de serviço na base avançada do Telégrafo, por volta das 8h.

Leonardo foi atingido na cabeça e chegou a ser levado ao Hospital Quinta D’or, em São Cristóvão, mas não resistiu aos ferimentos.

O Bope (Batalhão de Operações Especiais), e o Comando de Operações Especiais (COE), foram acionados para ajudar os militares. Pelas redes sociais, moradores relatam intenso tiroteio na região.

Com 38 unidades em diferentes comunidades da cidade, as UPPs enfrentam seu pior momento. Cerca de 10 mil policiais trabalham nas unidades.

Segundo dados da PM, entre janeiro e julho, 18 policiais morreram em serviço e outros 53 em horário de folga. Não há informações sobre o número de agentes mortos que trabalhavam exclusivamente em UPPs.

Levantamento feito pelo UOL com base nos dados do aplicativo Fogo Cruzado, da Anistia Internacional, mostrou que, desde o começo do ano, ao menos uma pessoa perdeu a vida a cada dois dias em decorrência de conflitos armados nas favelas ocupadas pela polícia.

No fim do mês, mãe e filha morreram após serem vítimas de bala perdida durante um tiroteio na Mangueira.