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Guarda Municipal vai ajudar Forças Armadas em operação no Rio, anuncia Jungmann

31.jul.2017 - Ministro da Defesa Raul Jungmann se reune com o prefeito Marcelo Crivella - Gabriel de Paiva/ Agência O Globo
31.jul.2017 - Ministro da Defesa Raul Jungmann se reune com o prefeito Marcelo Crivella Imagem: Gabriel de Paiva/ Agência O Globo

Carolina Farias

Colaboração para o UOL, no Rio

31/07/2017 14h10Atualizada em 31/07/2017 16h43

Após reunião com o prefeito do Rio, Marcello Crivella, o ministro da Defesa, Raul Jungmann (PPS), anunciou nesta segunda-feira (31) que a GM (Guarda Municipal) da cidade vai ajudar na Operação Segurança e Paz, que mobiliza as Forças Armadas em ações de combate contra a criminalidade no Estado.

"Ainda hoje pela manhã batemos em todas as portas das instituições, das lideranças, do governo, das associações no sentido de nos unir. Ainda ontem [domingo], com a visita do presidente, o prefeito colocou à disposição a Guarda Municipal que já está participando da operação", afirmou o ministro.

O presidente Michel Temer esteve neste domingo (30) no Rio para acompanhar a operação das tropas e para afirmar que as forças federais de segurança ficam no Rio até o fim de seu mandato.

Segundo Jungmann, a GM tem 8.500 homens que vão atuar nas ruas para combater crimes como roubos e furtos e assim deixar a Polícia Militar para atuar em outras operações.

"Não antecipamos nada, não vamos passar ao nosso adversário onde vamos golpeá-lo. Teremos o elemento-surpresa. Quanto à GM, ela tem dados, informações, conhece a realidade da população. Ela tem condições de ajudar dentro de suas diretrizes", afirmou o ministro.

"É o varejo, combater o roubo de celular, os arrastões nas praias e assim as operações ficam por conta da PM, Polícia Civil, Polícia Federal", disse Crivella.

A Operação Segurança e Paz deve mobilizar 8.500 militares ao menos até o final deste ano para tentar diminuir os índices de violência e a sensação de insegurança. No entanto, segundo Jungmann, a presença das forças federais nas ruas será menos ostensiva a partir de agora.

"Entramos na fase de encerramento e reconhecimento que iríamos fazer. Há uma retração que se iniciou hoje e já estamos no planejamento da segunda etapa que deve ocorrer brevemente", afirmou.

Aplausos

O ministro disse que a presença de tanques em pontos turísticos, como na Praça Mauá, e lugares na zona sul, como no Largo do Machado, motivou aplausos na população.

"É motivo de aplausos, alegria e de festa como todos nós vimos. O que assusta é a bandidagem, que inclusive se retraiu nesse período. Na população não é motivo de susto, mas de alegria e segurança", afirmou o ministro.

Jungmann disse que recebeu informe da Polícia Civil de que roubos de cargas diminuíram desde a presença das Forças Armadas nas ruas. "A polícia nos relatou que houve redução nos roubos de carga na região metropolitana. Os números estão com a Polícia Civil", afirmou.

Jungmann negou que as tropas estejam privilegiando pontos turísticos ou a zona sul carioca.

"Estamos com 10 mil homens. Estamos na zona norte, na zona oeste, na baixada, região metropolitana. Não tem região privilegiada. Não descartamos uma segunda, terceira ou quarta fase da operação no Estado ou outras regiões", afirmou.