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Cachorro fica três dias à espera da dona em porta de hospital na Bahia

Blog Itambé Agora
Imagem: Blog Itambé Agora

Fabiana Marchezi

Colaboração para o UOL

20/08/2017 15h03

A fidelidade de um cãozinho para com sua dona comoveu a cidade de Itambé, na Bahia, há alguns dias. Smith, da raça pinscher, fez questão de ficar na porta do Hospital São Sebastião durante os três dias de internação da lavradora aposentada Laura Botelho dos Santos, de 83 anos. Ela ficou na unidade médica entre os dias 10 e 12 de agosto para tratar uma gripe muito forte.

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Laura Botelho dos Santos ficou internada por três dias
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Durante esse período, a insistência do cachorro em ficar na porta do hospital chamou a atenção dos moradores e funcionários, que davam água e comida para ele. Os filhos de Dona Laura pegavam o cachorro no colo e o levavam para casa, mas ele dava um jeito de fugir e voltava para a unidade hospitalar, que fica a duas quadras de distância.

“Ele ficou muito triste quando ela entrou e não saiu mais. Ele tentava entrar no hospital para ficar com ela. Os dois são muito apegados. Onde minha mãe vai, ele vai atrás. Enquanto ele a esperava do lado de fora, ela se preocupava com ele de dentro do hospital”, comentou a filha Ivani Botelho dos Santos.

Essa foi a primeira internação da idosa desde que o cachorro vive com ela. Após o tratamento, ela recebeu alta e está se recuperando em casa. “Na saída do hospital, ela logo o viu e já ficou alegre dizendo: Meu bichinho está aqui me esperando ainda”, contou Ivani.

Smith vive com Dona Laura há cerca de quatro anos, desde que seu filho Pedro Botelho dos Santos viajou e o deixou aos seus cuidados. “Meu irmão ficou alguns dias fora e depois quando ele voltou o Smith não quis mais ficar com ele. Ele encontrou aconchego na minha mãe. Eles são inseparáveis. Até na missa ele vai com ela e quando ele não vai as pessoas perguntam dele. Ele já é famoso na cidade”, brincou Eliete, a filha que mora mais perto de Dona Laura e cuida dela.

A aposentada tem nove filhos – três homens e seis mulheres –, a maioria mora perto dela, mas ela vive sozinha desde que seu esposo faleceu. “Smith é o companheiro dela. Ela já nem quer mais viajar para não deixá-lo sozinho. É um amor muito grande que um tem pelo outro”, concluiu Eliete.