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Suspeito de estupro em ônibus de SP poderia fazer novas vítimas, diz Justiça

Marcelo Gonçalves/Sigmapress/Estadão Conteúdo
Imagem: Marcelo Gonçalves/Sigmapress/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

03/09/2017 14h10Atualizada em 03/09/2017 15h25

Diego Ferreira de Novais, 27, acusado de atacar mulheres dentro de ônibus em São Paulo, poderia fazer novas vítimas se tivesse sido solto novamente, segundo decisão da Justiça proferida neste domingo (3). O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) decidiu que o acusado deve ficar preso preventivamente, ou seja, por tempo indeterminado.

Novais já havia sido preso em flagrante na terça-feira (29), após ejacular em uma mulher dentro de um ônibus na avenida Paulista, região central de São Paulo. Porém, no dia seguinte, foi solto.

"Está clara a habitualidade em delitos de cunho sexual, mostrando-se absolutamente ineficazes as medidas penalizadoras eventualmente aplicadas nas ocorrências passadas", diz o termo da audiência de custódia do agressor.

Ainda segundo o documento, o fato de ele ter sido preso antes não foi empecilho para fazer outra vítima. "Conceder-se a liberdade provisória ao indiciado nesse momento seria temerário. Necessário se faz cessar esse comportamento ofensivo, desrespeitoso e digno de repúdio. Caso não seja decretada sua custódia cautelar, o indicado, pelo seu histórico, voltará a delinquir e novas vítimas surgirão."

De acordo com a Justiça, Novais reconheceu que tem algum tipo de problema e que, por isso, precisaria de acompanhamento psiquiátrico. Ele afirmou que já havia ouvido vozes.

"Por tudo isso, a privação da liberdade é imperiosa, restando claro que, se permanecer solto, o indiciado voltará a praticar a conduta delitiva --como o fez, aliás, num curtíssimo espaço de tempo, desde que foi detido há quatro dias. Assim, a prisão é necessária não apenas como garantia à ordem pública, dado o histórico delitivo, mas para a salvaguarda da própria integridade física do indiciado", diz o documento.

Novais ficará detido no Centro de Detenção Provisória de Pinheiros, na zona oeste da capital paulista. A decisão tem relação somente ao caso de ontem (2), tipificado como estupro.

O estupro

A polícia informou que na manhã de sábado Diego sentou-se ao lado de uma mulher, que teria entre 30 e 40 anos, e começou a manipular o pênis perto dela diversas vezes dentro de um ônibus na avenida Brigadeiro Luís Antonio. Em seguida, teria tirado o órgão para fora e tentado esfregá-lo na vítima. Quando a mulher tentou se afastar, o suspeito a segurou com força pelas pernas. Uma outra mulher que estava próxima testemunhou o ato e prestou depoimento. 

A SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo) informou que esta é a quarta vez que Novais é preso por estupro. Ele também já foi detido outras 13 vezes por ato obsceno e importunação ofensiva ao pudor.

Reincidente

Novais já havia sido detido na última terça-feira (29) e indiciado por estupro, mas foi libertado no dia seguinte na audiência de custódia. Para o juiz, não havia elementos para enquadrá-lo no crime de estupro, pois ele entendeu não ter havido violência na ocorrência, posição que contou com a concordância do promotor.

Suspeito de estupro em ônibus ataca de novo após ser solto

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