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Dois alunos são mortos a tiros em escola de Goiânia após filho de PM abrir fogo em sala

Fachada do Colégio Goyases - Reprodução/Facebook Colégio Goyases - Reprodução/Facebook Colégio Goyases
Fachada do Colégio Goyases
Imagem: Reprodução/Facebook Colégio Goyases

Do UOL, em São Paulo

20/10/2017 12h37Atualizada em 20/10/2017 20h05

Dois adolescentes morreram e outros quatro ficaram feridos após um estudante de 13 anos abrir fogo dentro do Colégio Goyases, em Goiânia, no Conjunto Riviera (região leste). As vítimas morreram na hora, dentro da escola.

Segundo a Polícia Científica de Goiás, os mortos são João Pedro Calembo e João Vitor Gomes, cujas idades não foram confirmadas. Os feridos são os menores L.F.B., 14; Y.M.B., 13; I.M.S., 14; e M.R.M., 13.

O porta-voz da Polícia Militar, coronel Marcelo Granja, informou que o atirador é filho de policiais militares e usou a arma da corporação, uma pistola calibre .40, no ataque. Segundo a PM, o atirador é estudante do 8º ano da escola.

Ele foi apreendido por policiais militares e foi levado para a Depai (Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais), responsável pela investigação e apreensão de adolescentes, também em Goiânia.

Segundo Granja, o pai do adolescente vai prestar informações à corregedoria da Polícia Militar sobre como o menor teve acesso à arma.

Inicialmente, os Bombeiros divulgaram que o total de mortos e feridos chegava a sete pessoas. Posteriormente, foi informado que o total de vítimas foi de seis (dois mortos e quatro feridos). Segundo os Bombeiros, os dois mortos são garotos.

Luiz Gonzaga, delegado titular da Depai, afirmou que a coordenadora e a professora do colégio serão levadas para depor na delegacia.

“Todos estão apavorados e sentidos com a tragédia. Até o momento, eles [a escola] não se manifestaram sobre os fatos. A coordenadora e a professora serão encaminhadas como testemunha à delegacia. Preferimos esperar elas se acalmarem e estamos encaminhando as duas”, declarou em entrevista à BandNews FM.

“[O jovem] ficará apreendido na delegacia e será apresentado ao Ministério Público, que vai deliberar sobre a internação”, disse entrevista à BandNews FM.

Segundo a PM, o adolescente abriu fogo dentro da sala de aula em que estuda. Gonzaga disse, porém, que não se sabe detalhes como o crime foi praticado, ou seja, se o rapaz estava na sala de aula e sacou a armar ou se ele entrou já com a pistola em mãos. “Vamos ouvir os policiais que atenderam a ocorrência e as testemunhas”.

De acordo com depoimentos de testemunhas à TV Serra Dourada, afiliada do SBT, todas as vítimas são alunas da escola. Momentos após o ataque, pais e parentes de alunos chegaram à escola em busca de informações.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, os feridos foram levados para dois hospitais municipais: o Hugo (Hospital de Urgências de Goiânia) e Hugol (Hospital Estadual de Urgências da Região Noroeste de Goiânia Governador Otávio Lage de Siqueira).

No Hugo, às 14h, havia três crianças recebendo atendimentos, segundo a assessoria de imprensa. São duas meninas e um menino. Todos eles encontram-se em estado grave.

O menino tem 13 anos, encontra-se consciente, mas respira com auxílio de aparelhos. Uma das meninas tem 13 anos e também está consciente com “respiração espontânea”, segundo o hospital. A outra menina, 13, foi identificada e está sedada e entubada.

O Colégio Goyases, onde ocorreu o ataque, fica a cerca de 7 quilômetros da região central de Goiânia. O estabelecimento atende a alunos da educação infantil e do ensino fundamental (1º ao 9º ano).