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Polícia indicia por 3 crimes suspeito de matar jovem que combinou carona pelo WhatsApp

A jovem Kelly Cristina Cadamurro, assassinada em Minas Gerais - Reprodução/Facebook/Kelly Cristina Cadamurro
A jovem Kelly Cristina Cadamurro, assassinada em Minas Gerais Imagem: Reprodução/Facebook/Kelly Cristina Cadamurro

Wagner Carvalho

Colaboração para o UOL em Bauru (SP)

11/11/2017 17h16

A Polícia Civil de Frutal (MG) indiciou neste sábado (11) pelos crimes de estupro, latrocínio e ocultação de cadáver o suspeito de ter matado uma jovem com quem marcou uma carona por WhatsApp.

O delegado Bruno Giovanini encerrou o inquérito sobre a morte da jovem Kelly Cristina Cadamuro, de 22 anos, assassinada no dia 1º após dar carona para Jonathan Pereira Prado, de 33 anos, o suspeito do crime. Eles saíram da região de São José do Rio Preto (SP) com destino a Itapagipe (MG).

Prado confessou os crimes de latrocínio e ocultação de cadáver, mas a Polícia Civil concluiu que também houve estupro pelo fato de o corpo da vítima ter sido encontrado seminu. Um laudo preliminar não encontrou indícios de conjunção carnal.

Segundo Jorge Argemiro Souza Filho, advogado da família de Kelly, o encerramento do inquérito sem todos os laudos periciais conclusivos desagradou os parentes da vítima, que acreditam ter sido prematuro o fim das investigações dez dias após o crime.

O namorado de Kelly, Marcos Antônio da Silva, elogiou a conclusão do inquérito rapidamente, mas disse lamentar que este fato não a traga de volta.

Em um primeiro depoimento, Prado chegou a dizer que agiu a mando de Silva e que receberia cerca de R$ 50 mil para matar Kelly. Esta versão foi descartada pela polícia depois que o suspeito fez um novo relato sobre o crime.

Mesmo tendo sido descartada a possibilidade de envolvimento de Silva, o celular dele está de posse da polícia desde o dia 3, quando prestou depoimento e negou qualquer participação. O aparelho ainda está sendo periciado.

"Não houve mandante", diz delegado

O delegado regional de Frutal, Cezar Felipe Colombari da Silva, disse acreditar que o caso está finalizado e que o resultado dos laudos faltantes só virá para dar sustentação às provas levantadas durante a investigação.

De acordo com Colombari, não houve mandante nem participação de outras pessoas. “Não há indícios da participação de mais alguém, investigamos familiares dela, do namorado, do suspeito. Ele matou por matar, para roubar com frieza”, afirma o delegado.

Prado está preso preventivamente no presídio de Frutal. Segundo Colombari, o Ministério Público tem dez dias para oferecer denúncia à Justiça e pedir diligências. 

Daniel Theodoro da Silva, primo de Prado e também preso em Frutal, foi indiciado por receptação. Já Wander Luis Cunha está detido em São José do Rio Preto, também suspeito de receptação, mas ainda não foi indiciado. Segundo a polícia, Cunha ajudou a matar a jovem, e Silva é acusado de receptação por comprar o celular e outros objetos roubados dela. 

Prado confessou que agrediu e matou a jovem às margens do rio Marimbondo, em Frutal. Ele foi identificado pelas câmeras de segurança de um pedágio na BR-153 e foi preso no dia 2. Laudo pericial confirmou que a morte de Kelly foi por estrangulamento.