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Tráfico metralha e picha posto policial com nome de facção; PM desativa local e busca suspeitos

O cenário onde ficava o posto da PM na Ilha do Governador é de total destruição - Reprodução/Redes Sociais
O cenário onde ficava o posto da PM na Ilha do Governador é de total destruição Imagem: Reprodução/Redes Sociais

Marcela Lemos

Colaboração para o UOL, no Rio

27/11/2017 18h34

Criminosos depredaram o Posto de Policiamento Comunitário da Polícia Militar do Morro do Barbante, na Ilha do Governador, na zona norte do Rio de Janeiro. O local foi metralhado e a fachada foi pichada com a sigla do Comando Vermelho (CV) --facção que domina o tráfico da comunidade.

As janelas e a porta do espaço foram destruídas. No ataque, ocorrido no sábado (25), dois policiais militares que estavam no local foram encurralados. O Batalhão de Choque foi acionado para resgatá-los, e um blindado e um helicóptero foram usados na ação. Ninguém ficou ferido.

Durante o ataque, um grupo de bandidos ainda rendeu dois motoristas e garis da Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana) que atuavam no local. Os caminhões foram usados para dificultar a entrada da polícia na favela.

Imagens da destruição do Posto de Policiamento Comunitário foram postadas nas redes sociais. O cenário é de devastação.

No domingo (26), a PM reforçou o policiamento no entorno da comunidade. Por volta das 15h, um veículo blindado e outro carro da Polícia Militar foram estacionados na entrada da favela, e cerca de 20 policiais patrulharam o local.

A Comlurb informou que os garis e os motoristas não se machucaram na abordagem feita pelos bandidos. “Os funcionários foram liberados no mesmo dia e os veículos foram recuperados na manhã de domingo”, informou a Comlurb.

Já a Polícia Militar disse, por meio de nota, que o posto da Vila Joaniza, na favela do Barbante, já estava em processo de desativação, por solicitação do comando do 17º BPM (Batalhão de Polícia Militar) e que a decisão ocorreu devido a uma avaliação estratégica. “Após o ataque criminoso ocorrido neste sábado, o comando da unidade optou pela desativação definitiva do posto para, posteriormente, implementar um novo tipo de policiamento no local."

O ataque está sendo investigado pela delegacia de polícia da Ilha do Governador. As polícias Civil e Militar não se manifestaram oficialmente sobre o que teria motivado o ataque. Há informações de que ele teria ocorrido em razão de uma proibição de baile funk na comunidade.

Na manhã desta segunda-feira (27), dois dias após o ataque ao posto policial, a PM faz uma operação na região. Homens de três Batalhões da Polícia Militar (Ilha do Governador, Maré e Olaria) ocupam o local com auxílio de blindados. Ainda não há informações de prisões ou material apreendido.