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Vistoria encontra celulares e armamentos em presídio de GO onde 9 morreram em rebelião

Celulares e armas brancas encontradas durante a vistoria na ala do regime semiaberto - Divulgação/DGAP-GO/Jota Euripedes
Celulares e armas brancas encontradas durante a vistoria na ala do regime semiaberto Imagem: Divulgação/DGAP-GO/Jota Euripedes

Luís Adorno

Do UOL, em São Paulo

12/01/2018 11h52Atualizada em 12/01/2018 12h18

Uma vistoria realizada na manhã desta sexta-feira (12) na ala do semiaberto do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, onde nove detentos morreram em uma rebelião ocorrida no primeiro dia de 2018, encontrou celulares, aparelhos tecnológicos e armas brancas. Ao todo, na primeira semana do ano, três motins ocorreram no complexo

Mapa GO DF - Arte/UOL - Arte/UOL
Imagem: Arte/UOL

Em nota, a DGAP (Diretoria-Geral de Administração Penitenciária) informou que a vistoria ocorreu em atendimento à determinação da presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), a ministra Cármen Lúcia, que visitou o Estado no começo da semana.

Foram encontrados 16 celulares, cinco baterias, uma fonte de computador, dois pendrives, oito chips de celular, duas facas, uma navalha, três cachimbos, um facão, nove barras de ferro e um alicate, além de outros itens.

Segundo a pasta, inspeções no complexo penitenciário devem ocorrer com frequência nos próximos dias.

Em paralelo à inspeção, o diretor estadual de Administração Penitenciária, o coronel Edson Costa, afirmou que a ala do semiaberto deve parar de funcionar, sendo substituída por outro local. Esse novo local será divulgado na semana que vem.

12.jan.2018 - Vistoria na Colônia Agroindustrial do Regime Semiaberto, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia - Divulgação/DGAP-GO/Jota Euripedes - Divulgação/DGAP-GO/Jota Euripedes
Vistoria ocorreu a pedido da presidente do STF, a ministra Cármen Lúcia
Imagem: Divulgação/DGAP-GO/Jota Euripedes

"Iremos divulgar na semana que vem o local, que terá a estrutura necessária e adequada para abrigar os apenados. Paulatinamente o complexo de presídios irão para este local", afirmou o coronel.

De acordo com o diretor, os detentos acusados de liderar a rebelião foram identificados. "Eles estão em presídios estaduais e o próximo passo é que vão para presídios federais", indica.

A vistoria foi feita por 100 integrantes das diversas estruturas da PM (Polícia Militar) e do Gope (Grupo de Operações Penitenciárias), além de 40 servidores do sistema prisional.