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Suposto "apadrinhado" de Gegê do Mangue é assassinado com tiros de fuzil em SP

Do UOL, em São Paulo

23/02/2018 00h45Atualizada em 23/02/2018 10h50

Um homem que teria sido "apadrinhado" por Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, um dos líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital) morto no dia último 15, foi assassinado na noite desta quinta-feira (22) em frente a um hotel na Vila Regente Feijó, zona leste de São Paulo. 

Por volta das 19h30, Wagner Ferreira da Silva, 32, conhecido como Waguininho do Guarujá e que seria o principal nome da organização criminosa na Baixada Santista, litoral do Estado, foi atingido por tiros de fuzil disparados por dois homens, que fugiram em uma caminhonete.

Duas mulheres que estavam no local foram atingidas por estilhaços e levadas para hospital da região, onde passam bem, segundo informado pela reportagem do "SBT Notícias Madrugada".

Imagens de uma câmera de segurança mostram o momento em que Silva é atingido enquanto tentava fugir dos atiradores. Com a vítima já caída, um homem encapuzado se aproxima e dispara à queima-roupa em sua cabeça.

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Gegê seria considerado padrinho de Waguininho por tê-lo introduzido no PCC quando este fora preso aos 22 anos pelo roubo de uma marina. 

O caso, registrado no 31º DP (Vila Carrão), deve ser encaminhado ao DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa) para as investigações. A caminhonete usada na fuga dos autores dos disparos foi encontrada horas depois no estacionamento de um shopping.

O crime ocorre no mesmo dia em que foi encontrado um bilhete no presídio onde está a cúpula do PCC em São Paulo, indicando que o braço direito de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, nº 1 da facção, teria sido o mandante da morte de Gegê e outro membro do grupo, Fabiano Alves de Souza, o Paca, 38, no Ceará, na semana passada.

O bilhete apreendido está sob análise do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), órgão do MP (Ministério Público). Ele foi encontrado na subportaria da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, a 600 km da capital paulista, na hora da limpeza.

O recado diz que uma pessoa conhecida como Fuminho, que seria o traficante Gilberto Aparecido dos Santos, mandou matar Gegê e Paca.

Gegê do Mangue e Paca, considerados as principais vozes da facção criminosa fora dos presídios e que estavam foragidos, foram mortos a tiros em uma suposta emboscada numa região indígena cearense.

Segundo o MP, Gegê do Mangue era o número três na escala da chefia do PCC, abaixo de Marcola, que está recluso em Presidente Venceslau, e Abel Pacheco, o Vida Loka, preso na penitenciária federal de Mossoró (RN).