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Polícia do RN investiga pouso de helicóptero do PCC e queima de documento de Gegê do Mangue

Gegê do Mangue, integrante do PCC morto no Ceará - Divulgação/SAP
Gegê do Mangue, integrante do PCC morto no Ceará Imagem: Divulgação/SAP

Carlos Madeiro

Colaboração para o UOL, em Maceió

26/02/2018 18h10

A polícia do Rio Grande do Norte informou nesta segunda-feira que está investigando o suposto pouso do helicóptero do PCC (Primeiro Comando da Capital) no município de Santo Antônio (a 81 km de Natal), em rota de fuga após da morte de Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca, em uma reserva indígena de Aquiraz, na Grande Fortaleza.

O pouso ocorreu no mesmo dia das mortes --a quinta-feira, dia 16-- na zona rural do município e foi "em caráter rápido". "Com esse desembarque, os ocupantes procuraram se desvencilhar de documentos e objetos, atearam fogo e fizeram um novo voo para local ignorado", explicou o delegado, Lenivaldo Pimentel, diretor de Polícia do Interior, citando que entre os objetos achados estão imagens fotográficas, cartões de credito e um documento de identificação.

O documento encontrado foi parcialmente destruído, mas a perícia nos restos do objeto aponta que se trata de uma identidade falsa que estaria sendo usada por Gegê do Mangue no Ceará. 

"Nós recompomos esse RG e vimos que o documento era em nome de Martinelli", explica. Segundo investigações da polícia cearense, Gegê usava no Ceará o nome falso de João Paulo Martinelli e se passava por empresário.

A polícia potiguar agora tenta saber se houve apoio em solo para que a aeronave abastecesse. "Tecnicamente, eles podem ter contado com apoio de terceiros ou o combustível pode ter vindo na própria aeronave. Estamos investigando ainda se alguém prestou assistência a essa situação", afirmou.

Após a conclusão do inquérito, as informações serão repassadas à polícia cearense, que comanda a investigação dos crimes.