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"Quanto mais tempo, mais oportunidade", diz porta-voz sobre possível redução de intervenção

7.mar.2018 - Militar em operação das Forças Armadas no Rio - Foto: ABr
7.mar.2018 - Militar em operação das Forças Armadas no Rio Imagem: Foto: ABr

Marina Lang

Colaboração para o UOL, no Rio

14/03/2018 11h29

O porta-voz do GIF (Gabinete de Intervenção Federal), coronel Roberto Itamar, comentou na manhã desta quarta-feira (14) a possibilidade de intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro ser encerrada em setembro para que a reforma da Previdência seja votada, conforme afirmou o presidente Michel Temer (MDB) em evento em São Paulo na terça-feira (13).

Segundo o presidente, os últimos quatro meses do ano poderão ser usados para a tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016, que trata das mudanças das regras previdenciárias --durante o período de intervenção não é possível fazer emendas à Constituição.

O decreto de intervenção, assinado por Temer no dia 16 de fevereiro, prevê que o general Walter Souza Braga Netto comande a segurança no Estado do Rio até 31 de dezembro deste ano.

"É muito trabalho. Sem dúvida, quanto mais tempo se tiver mais oportunidade se terá. Mas, se tiver que terminar em setembro, vai terminar. Esperamos que, nessa altura, ter deixado um legado, uma contribuição para a segurança pública no Rio de Janeiro", declarou Itamar a jornalistas nesta quarta, durante inspeção da equipe de intervenção no 14° BPM (Batalhão da Polícia Militar) em Bangu, zona oeste do Rio.

"Essa é uma decisão que cabe ao presidente da República. Assim como ele decretou a intervenção, ele pode fazer cessar a intervenção a qualquer momento. Para nós, não tem qualquer problema. Enquanto estiver vigente, o trabalho será realizado", prosseguiu.

Ele também disse que a declaração de Temer não afeta os trabalhos do GIF no Rio.

"O interventor federal foi nomeado por decreto do presidente da República e, enquanto durar essa intervenção, o Gabinete de Intervenção vai trabalhar com toda a dedicação e com todo o interesse de apoiar a ação na área de segurança pública do Rio, de realizar o que for necessário, de solucionar os problemas que têm que ser solucionados e que estejam ao alcance de ser solucionados, independentemente do tempo que dure essa intervenção. Se ela for até dezembro, estaremos trabalhando com bastante dedicação. E, no momento em que for interrompida, esperamos deixar a situação normal para a Polícia Militar, para a Polícia Civil e para os outros órgãos ligados à segurança pública do Rio de Janeiro. Um legado que possa ter continuidade das ações porque eles estão sendo liderados pelos próprios integrantes das suas [respectivas] instituições", disse Itamar.