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"Não destruirão nosso futuro, destruiremos o banditismo antes", diz Temer sobre Marielle

Luciana Amaral

Do UOL, em Brasília

15/03/2018 11h40Atualizada em 15/03/2018 12h30

O presidente Michel Temer (MDB) afirmou nesta quinta-feira (15) que o futuro do Brasil, em especial do Rio de Janeiro, não será destruído, porque o governo vai destruir o “banditismo antes” ao comentar a morte da vereadora Marille Franco (PSOL-RJ).

“Não destruirão o nosso futuro. Nós destruiremos o banditismo antes”, declarou.

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Pela manhã, ele se reuniu com os ministros Sergio Etchegoyen (Gabinete de Segurança Institucional), Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco (Secretaria Geral da Presidência) e o secretário executivo do Ministério Extraordinário da Segurança Pública, general Carlos Alberto dos Santos Cruz, para tratar do crime.

Em seguida, Temer participou de cerimônia fechada à imprensa no Palácio do Planalto para o anúncio de retomada de obras de um trecho do BRT (Bus Rapid Tansport, na sigla em inglês) em Goiânia.

Marielle foi assassinada nesta quarta (14) à noite a tiros dentro do carro onde estava. A vereadora voltava de um evento chamado "Jovens Negras Movendo as Estruturas", na Lapa, também na região central, quando um carro emparelhou com o veículo em que ela estava e efetuou disparos.

A perícia da Polícia Civil identificou ao menos nove disparos contra o veículo, todos na direção da vereadora, que estava no banco de trás. Marielle foi atingida por ao menos quatro tiros e morreu na hora. O motorista Anderson Pedro M. Gomes, 39, também foi atingido pelos disparos e morreu no local. A principal linha de investigação da polícia é de execução.

Segundo Temer, os assassinatos são algo “inaceitável, inadmissível, como todos os demais assassinatos que ocorreram no Rio de Janeiro” e “um verdadeiro atentado ao estado de Direto e à democracia”.

O presidente se solidarizou com a família e amigos da vereadora e vítimas da violência no Rio. Ele, então, voltou a defender a intervenção federal no Estado, que completa um mês nesta sexta (16).

“No particular, no caso especial que estamos aqui discutindo, trata-se do assassinato de uma representante popular que pelo o que sei fazia manifestações, trabalhos, com vistas a preservar a paz e a tranquilidade na cidade do Rio de Janeiro. Por isso, aliás, nós decretamos a intervenção para acabar com esse banditismo desenfreado que se instalou naquela cidade por forças daquelas organizações criminosas”, disse.

Como já havia feito mais cedo, ele informou que o ministro Extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann, vai acompanhar pessoalmente as investigações, pois o governo quer solucionar o assassinato no menor prazo possível. Jungmann também colocou a Polícia Federal à disposição no caso.